Da Redação
Brasília – A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil e uma das maiores fontes de expressivos superávits comerciais do país e é nesse contexto que o Itamaraty promove nesta quarta-feira (3) o seminário “Brasil-ASEAN: Perspectivas para uma Parceria Emergente”. Durante o evento serão debatidas questões do comércio bilateral, investimentos e transição energética.
O seminário será realizado na Sala San Tiago Dantas, das 9h às 12h. A inscrição para participação presencial pode ser realizada pelo seguinte link. Inscrições serão aceitas até o limite da capacidade do local. O evento também será transmitido pelo canal da FUNAG no Youtube. Na ocasião, será lançado o livro “Brazil and ASEAN: Partners for Peace and Development” (“Brasil e ASEAN; Parceiros para a Paz e o Desenvolvimento”, na tradução literal para o português), organizado por Everton Lucero e Almir Nascimento. O evento será aberto pelo Ministro Mauro Vieira.
O simpósio será composto por painel de abertura e dois painéis temáticos, com participação de palestrantes do Brasil e da Ásia. O primeiro painel tratará de comércio e investimentos, enquanto o segundo abordará o tema da transição energética, com ênfase em bioenergia.
Integrada por Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietnã, a ASEAN é um parceiro de relevância cada vez maior para o Brasil. Com uma população de aproximadamente 670 milhões de habitantes e taxas de crescimento de cerca de 5,7% nas últimas duas décadas, a ASEAN representa a quinta maior economia do mundo. Segundo projeções do FMI, os países da região terão contribuído com 10% do crescimento do PIB global em 2023.
Em dois anos, superávit acumulado de US$ 29 bilhões
Ano passado, a corrente de comércio (exportação+importação) totalizou US$ 33,7 bilhões, tendo-se registrado recorde de superávit e de volume de exportações brasileiras para o bloco. As exportações brasileiras somaram US$ 24,394 bilhões (correspondentes a 7,18% do volume total exportado pelo Brasil) e importações no montante de US$ 9,267 bilhões. A balança comercial gerou um superávit de US$ 15,127 em favor do Brasil. Em 2022 o saldo brasileiro foi de US$ 13,947 bilhões.
E após fechar o ano passado cm números recordes da série histórica, o intercâmbio comercial com a ASEAN começou 2024 com dados ainda mais relevantes: as exportações brasileiras cresceram 35,2 para US$ 4,721 bilhões e as importações saíram de uma queda de 6,91% em 2024 para uma forte alta de 22,7% no primeiro bimestre deste ano. A corrente de comércio cresceu 31,5% e somou US$ 6,470 bilhões, com um superávit brasileiro de US$ 2,973 bilhão, prenúncio de um saldo ainda mais elevado que os US$ 15,128 bilhões apurados em 20234.
Outro dado expressivo: no primeiro bimestre de 2024, com um aumento de 30% nos fluxos comerciais com a ASEAN nos primeiros dois meses de 2024, as exportações brasileiras para o Sudeste Asiático já correspondem a cerca de 80% do total exportado para a União Europeia no mesmo período.
