Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra

Importação de móveis acumula US$ 873 milhões e crescimento de 23% em 2024, diz Vixtra

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De acordo com estudo realizado pela fintech Vixtra, consumidores têm buscado por estilos de móveis variados, levando à alta importação. Itens para escritórios também se destacam nos oito primeiros meses do ano

Da Redação (*)

Brasília – De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), entre janeiro e agosto de 2024, o setor de móveis no Brasil registrou um crescimento expressivo nas importações, movimentando cerca de US$ 873 milhões, o que representa um aumento de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo estudo da fintech Vixtra, especializada em soluções para importadores, com base na pesquisa.

Esse cenário reflete mudanças no mercado, impulsionadas pela busca por diversidade de estilos e qualidade dos produtos. Os brasileiros estão cada vez mais interessados em móveis que atendam a critérios estéticos e funcionais específicos, frequentemente encontrados em coleções importadas. A variedade de designs e materiais oferecidos por fabricantes estrangeiros enriquece as opções disponíveis, tornando os consumidores mais exigentes.

Segundo o levantamento, a composição das importações revela que móveis de metal representam 71%, de plástico 15% e de madeira 9%. Todas as categorias apresentaram aumento em relação ao mesmo período de 2023, com destaque para os móveis para escritório, que cresceram 177%, seguidos por móveis de plástico, com 121%, e móveis para cozinha, com 95%.

Os países de origem são liderados pela China, principal fornecedor, respondendo por 80% das importações, seguida pelos Estados Unidos, com 9%, e Alemanha com 4% do total em quilograma líquido.

Crescimento com volta ao trabalho presencial

O crescimento expressivo nas importações de móveis para escritório pode ser atribuído à volta ao trabalho presencial após a pandemia, quando muitas empresas estão reconfigurando seus ambientes de trabalho para oferecer mais conforto e funcionalidade aos colaboradores. Essa transformação busca não apenas otimizar a produtividade, mas também criar espaços que promovam bem-estar.

Por outro lado, o aumento nos móveis para cozinha reflete uma mudança nos hábitos alimentares, com muitas pessoas cozinhando mais em casa, impulsionadas pela busca por alimentação saudável e a valorização do tempo em família. Essa nova realidade tem gerado uma demanda maior por móveis que otimizem esses espaços, tornando-os mais práticos e agradáveis.

Além disso, os consumidores estão cada vez mais em busca de móveis diferenciados que combinam estética e funcionalidade, muitas vezes encontrando essas opções mais facilmente em outros países. Essa busca por soluções inovadoras e práticas reflete uma vontade de personalizar os ambientes domésticos e de trabalho, adaptando-os às novas necessidades e estilos de vida.

A globalização do comércio e o acesso a plataformas de importação têm ampliado a oferta de produtos que atendem a essas demandas, permitindo que os consumidores encontrem móveis que não só otimizem os espaços, mas também agreguem valor e estilo aos seus lares e escritórios.

Revolução do e-commerce

Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, ressalta que o crescimento do e-commerce está revolucionando a forma como os brasileiros compram móveis. “A facilidade de acesso a plataformas e aplicativos online proporciona aos consumidores uma variedade de produtos de diferentes partes do mundo, facilitando a comparação de preços e a escolha de itens que atendam às suas necessidades. Essa tendência não apenas ampliou o alcance das marcas estrangeiras, mas também incentivou a importação de móveis que, de outra forma, não estariam disponíveis no mercado local.”

Por fim, muitas empresas brasileiras estão implementando novas estratégias que integram a importação como uma ferramenta para otimizar seus processos operacionais. “Em um cenário tão dinâmico como o mercado de móveis, a importação se mostra não apenas viável, mas estratégica, capaz de reduzir custos operacionais e acelerar a oferta de produtos, permitindo que as empresas respondam rapidamente às flutuações nas demandas dos consumidores e ajustem seu portfólio com agilidade”, destaca Baltieri.

(*) Com informações da Vixtra

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