Presidentes Lula da Silva e Ursula von der Leyen - Foto: Ricardo Struckert

Firjan recebe com preocupação adiamento da assinatura do Acordo Comercial entre o Mercosul e União Europeia

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Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, há estimavas de que o Acordo aumentaria os investimentos estrangeiros no Brasil em 0,8%

Da Redação (*)

Brasília – A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)  divulgou hoje (19) nota manifestando preocupação sobre o adiamento da assinatura do Acordo Comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE). A Federação reitera a importância da continuidade do diálogo diplomático e paradiplomático para a assinatura futura do Acordo.

Ao longo dos últimos 25 anos, o texto passou por análise profunda e detalhada dos atores europeus e sul-americanos e desempenhará um papel significativo para o desenvolvimento e competitividade das indústrias nacionais, visto que cerca de 97% das exportações de Bens Industriais para a União Europeia terão suas alíquotas zeradas. Destaca-se também ao longo do processo de negociação, o avanço com relação aos temas de barreiras não-tarifárias, alinhamentos de normas técnicas, e melhores práticas para o desenvolvimento sustentável.

Segundo a Firjan, em conjunto, os blocos representam aproximadamente um quinto da economia global, somando cerca de US$ 22 trilhões. Em 2024, o comércio internacional entre o Brasil e o mercado europeu somou US$ 95 bilhões, com destaque para a participação dos setores de Petróleo e Gás, Farmacêutico, Automotivo, Metalmecânico, Siderúrgico, Aeronáutico, entre outros. No mesmo período, o bloco europeu foi o segundo maior parceiro comercial do estado do Rio de Janeiro somando uma corrente de comércio de US$ 16,1 bilhões.

Parceiro comercial relevante e investidor fundamental

Para a Firjan, o texto aborda temas fundamentais como redução de tarifas de importação e exportação, harmonização de normas ao comércio e cooperação em áreas como a ambiental e política. Aumentos também podem ser esperados tanto na balança comercial brasileira como no PIB. O governo brasileiro estima que, até 2044, o PIB do país poderá crescer aproximadamente R$ 37 bilhões. Por sua vez, os ganhos na balança comercial, consequência do livre comércio entre o Mercosul e a UE, seriam de cerca de R$ 52 bilhões nas exportações e R$ 42 bilhões nas importações.

Estima-se também que o Acordo aumentaria os investimentos estrangeiros no Brasil em 0,8%.

Neste cenário, é esperado que ainda surjam desafios a serem superados para sua efetivação. Contudo, a Firjan destaca o papel fundamental da mobilização de representantes públicos e privados de forma que seja possível superar os entraves atuais em prol do desenvolvimento econômico e industrial sob uma ótica ganha-ganha, conclui a Firjan.

(*) Com informações da Firjan

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