Fintech chega ao mercado com a promessa de desburocratizar o câmbio no comércio internacional

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Empresa vai simplificar as operações de câmbio ligadas ao comércio exterior integrando o fluxo de informações entre importadores, exportadores e bancos

Da Redação

Brasília – A FXPort, fintech criada a partir da experiência da Comexport em sociedade com Fernando Pierri, executivo com três décadas de experiência, chega ao mercado com um modelo de negócios focado em câmbio, que promete reduzir em até 30% o tempo gasto com o fluxo operacional e financeiro de comércio internacional.

A desburocratização será possível graças a uma solução digital que integra de forma automática toda a documentação necessária no fluxo logístico – incluindo a emissão de faturas, licenças e registros obrigatórios – às cotações de câmbio e pagamentos feitos por meio dos bancos.

O modelo é inédito no país e tem como principal objetivo reduzir riscos, encurtar prazos e tornar mais eficiente a rotina de empresas e instituições financeiras.

“Nossa missão é eliminar fricções. No comércio exterior, o câmbio sempre ficou separado da logística. Os documentos surgem na importação, mas nunca seguiram automaticamente para os bancos”, afirma Fernando Pierri, CEO da FXPort. “O cliente precisava ligar, reenviar arquivos e conferir tudo manualmente. Conectamos logística, preço e pagamento em um único trilho tecnológico, algo que não existia no mercado brasileiro”, complementa o executivo, que tem passagens por grandes instituições financeiras como Santander, Morgan Stanley e Citi.

O modelo da FXPort estreia com cinco bancos e suporte a diversas moedas, com cotações negociadas de forma direta e em tempo real. A expectativa é movimentar R$ 2 bilhões por mês ao final do segundo ano e chegar a R$ 5 bilhões mensais no quinto ano.

Eficiência no comércio exterior e impulso ao financiamento das importações

O lançamento ocorre em um cenário de maior digitalização e busca por eficiência no comércio exterior. A FXPort também será uma das primeiras empresas a permitir operações internacionais com stablecoins, agora reguladas pelo Banco Central (BC), que oferecem liquidação instantânea e paridade total com moedas tradicionais. O movimento se intensifica após a publicação da primeira regulação específica para uso de ativos virtuais no Brasil pelo BC.

O comércio exterior brasileiro também vai poder contar com o impulso de financiamento a importações através da FXPort. “Temos produtos que mesclam a atividade tradicionais das Tradings com produtos financeiros que trazem uma boa e mais barata alternativa de financiamento de importações”, afirma Pierri.

Com um ambiente regulatório favorável e um mercado potencial de mais de 100 mil empresas que já operam câmbio — além de milhões de CNPJs que podem entrar no comércio exterior — a FXPort inicia sua atuação preparada para ampliar a integração digital nas operações internacionais.

“O país vive uma fase em que eficiência e velocidade se tornam requisitos básicos. Queremos ser o elo entre esse novo Brasil e o mercado global”, diz Pierri.

 

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