Exportações para a China caem 11,82% e saldo acumulado no ano recua para US$ 5,475 bilhões

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Da Redação

Brasília –  As exportações brasileiras para a China tiveram uma queda de 11,82% no período janeiro/julho e totalizaram US$ 23,880 bilhões, ante US$ US$ 27,049 bilhões vendidos ao mercado chinês em igual período do ano passado. Da mesma forma, as exportações chinesas para o Brasil caíram de US$ 20,982 bilhões nos sete primeiros meses de 2013 para US$ 18,404 bilhões entre janeiro e julho deste ano.

Com isso, o superávit obtido pelo Brasil no comércio bilateral com os chineses caiu de US$ 6,067 bilhões para US$ 5,475 bilhões este ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A exemplo do que vem acontecendo nos últimos anos, a soja e o minério de ferro continuam liderando a pauta exportadora brasileira para a China. As exportações de soja cresceram em volume (passaram de 24,6 milhões de toneladas de janeiro a julho de  2013 para 27,5 milhões de toneladas em igual período deste ano). Mas o aumento do volume não se traduziu em elevação, no mesmo patamar, da receita obtida, que passou de US$ 13,054 bilhões em 2013 para pouco mais de US$ 13,981 bilhões este ano.

No caso do minério de ferro, a retração dos preços do produto no mercado internacional foi ainda maior e praticamente neutralizou o efeito que poderia ter sido gerado por um aumento substancial no volume total embarcado este ano em comparação com os sete primeiros meses do ano passado.

Em 2013, as exportações de minério de ferro não aglomerados e seus concentrados totalizaram 82 milhões de toneladas e geraram uma receita de US$ 7,781 bilhões. Este ano foram embarcadas cerca de 96 milhões de toneladas, que acabaram proporcionando ao Brasil uma receita  de cerca de US$ 7,504 milhões, inferior em 3,57% àquela auferida em 2013..

Outro componente do complexo minério de ferro, os aglomerados e seus concentrados, trilharam caminho inverso e sofreram uma queda de 50,68% para US$ 232 milhões, contra US$ 470 milhões exportados de janeiro a julho do ano passado.

E o grande destaque nas exportações para a China foi o petróleo, que registrou um crescimento de receita da ordem de 24,69%, saltando de US$ 1,613 bilhão no ano passado para US$ 2,044 bilhões este ano.

Também aumentaram as vendas de pasta química de madeira, com uma alta de 5,52%, passando de US$ 716 milhões em 2013 para US$ 755 milhões nos sete primeiros meses deste ano.

Em relação às exportações da China, o principal destaque foi a alta de 60,47% nas exportações de outras partes para aparelhos de telefonia/telegrafia, que geraram receita de mais de US$ 823 milhões em 2014 contra US$ 512 milhões exportados nos sete primeiros meses do ano passado.

Enquanto isso, o item líder da pauta exportadora chinesa para o Brasil –outras partes para aparelhos receptors de radiodifusão/televisão- teve uma queda de 6,67% em termos de receita, passando de US$ 995 milhões em 2013 para US$ 929 milhões no período janeiro-julho de 2014.

Outros produtos da pauta chinesa se mantiveram estáveis ou tiveram ligeiro crescimento. Foi o  caso, entre outros, dos terminais portáteis de telefonia celular (aumento de 3,78% para US$ 261 milhões), microprocessadores (+5,20% para US$ 233 milhões) e lâmpadas/tubos descarga, fluorescente, de catodo quente (+ 8,02% para US$ 181 milhões).

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