Exportações de veículos crescem 3,9% no trimestre e produção do setor recua ao pior nível desde 2004

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Rio de Janeiro – . As exportações  de veículos registraram uma alta de 3,9% no primeiro trimestre de 2023, comparativamente com o mesmo período de 2022. De janeiro a março foram embarcados para o exterior 112,2 mil veículos, segundo o balanço do setor divulgado hoje (10), em São Paulo, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A Associação informou ainda que a  produção de veículos aumentou 8% no trimestre.  No período foram fabricadas 496,1 mil unidades.

Apesar de o número representar alta em relação ao ano passado, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, lembra que o primeiro trimestre de 2022 foi o pior resultado da indústria automobilística desde 2004. “Nós estamos repetindo em 2023 o pior trimestre desde 2004”, disse Leite, ao comparar os dados da produção em 2022 e em 2023.

Leite destacou que, no período analisado, houve oito momentos de paralisação de fábricas e duas montadoras extinguiram turnos de produção. Para ele, a produção de veículos está muito abaixo do normal, e a alta da taxa de juros é a principal causa do desaquecimento da indústria.

As vendas nos primeiros três meses deste ano cresceram 16,3% na comparação com o mesmo período de 2022, com o emplacamento de 471,8 mil unidades. Automóveis e caminhões

Automóveis e caminhões

A produção de carros de passeio aumentou 9% de janeiro a março em comparação com o mesmo período do ano passado, com a fabricação de 416,4 mil unidades. As vendas cresceram 15,1% no trimestre, com o emplacamento de 346 mil automóveis, enquanto as exportações aumentaram 3,8%, com a venda de 90 mil carros nos primeiros três meses do ano.

A fabricação de caminhões caiu 28,8% no primeiro trimestre de 2023, com a fabricação de 24,5 mil unidades. As vendas aumentaram 6,6% no período, na comparação com 2022, com o emplacamento de 28,6 mil unidades.

Emprego

O número de pessoas empregadas na indústria automobilística ficou praticamente estável nos últimos meses. Segundo a Anfavea, em janeiro, as montadoras tinham 102,1 mil funcionários e, em março, o índice ficou em 101,6 mil.

Segundo Márcio Leite, a produção de veículos está abaixo do projetado para o ano, o que acendeu a “luz amarela” no setor. “O cenário até agora é de observação do que está acontecendo com o mercado”, disse.

No entanto, de acordo com o presidente da Anfavea, a indústria mantém a expectativa de crescimento no ano e discute com o governo federal medidas que possam ser adotadas para apoiar o setor.

(*)  Com informações da Anfavea

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