Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil // Foto: Amcham

Exportações brasileiras turbinam comércio com os EUA, destaca Monitor da Amcham

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Expectativa da Amcham é que o comércio bilateral continue a crescer, alcançando novos recordes em vários indicadores, aponta CEO da entidade.

Da Redação (*)

São Paulo – A Amcham Brasil divulgou hoje (18) a edição do primeiro trimestre de 2024 do Monitor do Comércio Brasil-EUA da Amcham Brasil e o estudo indica o crescimento das trocas de bens entre os dois países no primeiro trimestre de 2024, alcançando o valor de US 18,8 bilhões, segunda maior marca na série histórica do comércio bilateral.

Esse valor foi influenciado pelo recorde nas exportações brasileiras para os EUA tanto em valor como volume. O Brasil vendeu US$ 9,8 bilhões para o mercado norte-americano no período, um crescimento de 19,5% em valor e de 33,1% em quantidade. O aumento ocorreu de forma disseminada entre todos os setores, levando também ao recorde nas exportações brasileiras de US 7,3 bilhões de produtos industriais.

“O resultado positivo do comércio de bens entre Brasil e EUA neste início de ano reforça a importância da nossa parceria bilateral. O Brasil tem nos EUA um mercado prioritário e em expansão para os seus produtos, sobretudo de maior valor agregado. No ano que em que comemoramos 200 anos de relações diplomáticas, a expectativa da Amcham é de que o comércio bilateral continue a crescer, alcançando novos recordes em vários indicadores”, destaca Abrão Neto, CEO da Amcham, entidade que representa 1/3 do PIB brasileiro.

Destaques do Monitor do Comércio Brasil-EUA:

Intensificação do Comércio: A corrente de comércio entre o Brasil e os EUA alcançou US$ 18,8 bilhões, se aproximando do recorde de US$ 19 bilhões verificado no mesmo período de 2022.

Exportações Recordes: O Brasil registrou aumento expressivo de 19,5% nas exportações para os EUA, superando o crescimento das vendas externas brasileiras para outros parceiros. Esse desempenho ressalta o papel dos EUA para a produção e venda de diversos setores, como indústria de transformação, indústria extrativa e agropecuária.

Superávit: Pela primeira vez desde 2008, o Brasil obteve um superávit comercial com os EUA no primeiro trimestre do ano (US$ 855,6 milhões), refletindo o forte aumento das exportações brasileiras.

Crescimento em Produtos-Chave: houve aumento em valor e quantidade em 8 dos 10 principais produtos exportados para os EUA, como petróleo bruto, óleos combustíveis, café não torrado, aeronaves, suco de laranja, ferro gusa e equipamentos de engenharia civil – o que demonstra a diversidade da pauta exportadora brasileira.

Importações

Apesar de uma queda geral nas importações, causada pela redução nas compras brasileiras de óleos combustíveis, houve aumento em 8 dos 10 principais produtos importados pelo Brasil dos EUA, como motores e máquinas não elétricos, polímeros de etileno (37,7%), petróleo bruto, aeronaves e instrumentos e aparelhos de medição, indicando áreas de crescente interdependência produtiva e comercial.

Expectativas para 2024

Para 2024, a Amcham projeta aumento no comércio bilateral, orientado pelo crescimento das exportações brasileiras e pela expectativa de expansão das economias e, consequente da demanda, em ambos o Brasil e os EUA.

O ano também marca os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. “Além de celebrar os resultados dessa longa e sólida trajetória de parceria, o bicentenário das relações Brasil-EUA oferece um contexto emblemático para lançar as bases de um novo ciclo para o aprofundamento da integração bilateral”, destaca Abrão Neto.

Missão para os EUA

A Amcham levará aos EUA uma delegação de cerca de 30 executivos em junho. A missão inclui a participação no SelectUSA 2024, em Maryland, programa de atração de investimentos e comércio do governo dos EUA, be como atividades de networking em Nova York, visando facilitar a internacionalização e expansão de negócios brasileiros nos Estados Unidos. Saiba mais, clicando aqui.

(*) Com informações da Amcham

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