Foto: Abimóvel/Divulgação

EUA anunciam novas tarifas sobre móveis importados; medida inviabiliza exportações para o mercado americano

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Da Redação (*)

Brasília – Na quinta-feira passado, o presidente americano Donald Trump divulgou, em sua rede “Truth Social”, a aplicação de novas tarifas globais de 50% sobre armários de cozinha, móveis de banheiro e associados, além de 30% sobre móveis estofados, a partir de 1º de outubro de 2025.

O comunicado vem no contexto do pacote de medidas já em vigor. Desde agosto, a maior parte da pauta exportadora de móveis brasileira passou a ser taxada em 50%, num movimento de supertaxação aos produtos brasileiros pelos EUA.

Por um lado, se igualar a taxação global sobre o setor, a medida poderia colocar o Brasil em pé de igualdade com outros grandes exportadores — como China, Vietnã e México —, nivelando a competitividade no acesso ao mercado americano. Por outro, ainda não está claro se a novas tarifas será imposta de forma cumulativa às já existentes ou se terá aplicação separada.

Com os EUA respondendo por cerca de 30% das exportações brasileiras de móveis, o tema exige atenção. O assunto será pauta central no 12º Congresso Nacional Moveleiro (01 e 02/10, em Curitiba), com painéis estratégicos de Welber Barral (sócio-fundador da BMJ e ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil), e da Amcham Brasil, entre outros especialistas, trazendo análises e informações fundamentais para o momento.

Em comunicado de imprensa divulgado na quinta-feira, a Associação Brasileira das Indústrias do Moviliário (Abimóvel) destacou que a justificativa apresentada pelo governo americano é a “inundação” desses produtos no mercado interno, classificada como “risco à segurança nacional e à preservação da indústria doméstica”.

Segundo a nota, “o novo anúncio levanta questões relevantes sobre o alcance da medida. Ainda não há publicação oficial detalhando seu conteúdo. Entende-se, numa primeira leitura, que a tarifação esteja vinculada à investigação em curso sob a Seção 232 do estatuto de segurança nacional dos EUA, que poderá abranger a indústria moveleira em nível global”.

(*) Com informações da Abimóvel

 

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