Um dos maiores fabricantes de embarcações da América Latina, a Fibrafort, tem em torno de 15% do volume de produção destinado à exportação. Somente em 2022 foram cerca de 100 unidades para o exterior o que demonstra a maturidade produtiva da indústria náutica brasileira. A fábrica acaba de receber homenagem como “Destaque Exportação” pela participação no Programa de Qualificação para Exportação (Peiex).
Itajaí (SC) – As exportações do setor náutico bateram recorde em 2022 e somaram US$ 30,1 milhões, segundo a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar), sendo Santa Catarina responsável por 90% deste volume. O estaleiro Fibrafort, que produz em sua matriz em Itajaí as conceituadas lanchas Focker, de 18 a 42 pés, são um demonstrativo da força do estado e da indústria náutica brasileira.
No ano passado, a fábrica foi responsável por entregar em torno de 100 unidades para o exterior, principalmente para países como Turquia, Espanha e Paraguai, seguindo todas as normas e certificações necessárias das localidades que atua. Em razão da alta aceitação de seus produtos no mercado exterior, o objetivo para 2024 é a ampliação de sua presença nos Estados Unidos.
Em reconhecimento à atuação mundial entre os anos de 2021 a 2023, acaba de receber homenagem como “Destaque Exportação” pelo Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), concebido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e executado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
“Nossa história com o mercado internacional vem de longa data. Temos mais de 1.000 barcos circulando pelo mundo e, hoje, a fabricação para o mercado internacional já representa 15% do volume de produção. Além de ser relevante para a América do Sul, nossa meta agora é avançar nos Estados Unidos, além de países da Europa e da Ásia. Com certeza, a taxa de câmbio é um fator favorável, mas para se ter competitividade neste mercado altamente exigente é preciso investir em máxima qualidade, entender o perfil do consumidor, seguir as normas de certificações e processos de produção”, diz a gerente comercial e de marketing da Fibrafort, Bárbara Martendal Yamamoto.
Segundo ela, “outro fator é o desenvolvimento de modelos que acompanham tendências internacionais de design, performance e navegação para o público estrangeiro. Além disso, a participação em programas como o Peiex, que atua com metodologias de exportação seguras e de qualidade, promovem a melhoria e capacitação contínua”.
Entre os modelos mais procurados estão de pequeno e médio porte com motorização de popa e que partem de valores como R$ 214.800. É o caso das embarcações Fibrafort 188 Joy, Fibrafort 212, Fibrafort 255 GTO e Fibrafort 370 GTX.