Da Redação (*)
Brasília – O mundo se tornou muito mais complexo e os desafios devem aumentar. Além disso, os riscos geopolíticos podem impactar profundamente as operações e o crescimento das empresas, sendo que, há vários anos, incertezas geopolíticas e políticas estão no topo das preocupações dos CEOs.
Ainda assim, os líderes empresariais precisam se concentrar na construção de estratégias e estruturas que transformem a resposta organizacional de reativa para proativa, incluindo gestão de riscos, mas também gerando oportunidades. Essas são algumas das conclusões do estudo “Principais Riscos Geopolíticos em 2025”, conduzida pela KPMG.
“As mudanças geopolíticas não vão diminuir nos próximos anos. E, sendo a volatilidade o novo normal, as empresas devem tratar risco geopolítico como ativo e ameaça, alinhando o gerenciamento de riscos aos objetivos estratégicos. Sendo assim, há cinco desafios geopolíticos mais urgentes que as organizações enfrentarão no curto prazo. Cada uma dessas áreas apresenta desafios únicos, mas também oportunidades para as empresas inovarem”, afirma André Coutinho, sócio-líder de Advisory da KPMG no Brasil e na América do Sul.
De acordo com a publicação, os 5 principais riscos geopolíticos são os seguintes: mudanças de poder, economia e comércio; ambiente regulatório e tributário complexo e fragmentado; cenário tecnológico politizado; múltiplas ameaças às cadeias de suprimentos, ativos e infraestrutura; pressões demográficas, tecnológicas e culturais sobre as forças de trabalho.
O estudo da KPMG também tratou de oportunidades para líderes empresariais e listou 5 etapas principais para eles mitigarem riscos e capitalizarem oportunidades:
1- Ampliar fontes de investimento de capital, incluindo o aumento do capital privado
2- Criar capacidades de conformidade mais fortes para monitorar e responder às regulamentações
3- Melhorar a resiliência e a reputação por meio da segurança cibernética e da governança de dados
4- Criar cadeias de suprimentos geograficamente mais curtas e simples, com possível terceirização de serviços
5- Investir na cultura corporativa para garantir o alinhamento com valores e forças de trabalho em constante mudança
Risco político é cada vez mais importante para estratégia de negócio
“Conforme a geopolítica global continua se transformando, estar à frente da curva é essencial para as organizações manterem uma vantagem competitiva. Ao tratar o risco geopolítico como parte fundamental da estratégia de negócios, as empresas não apenas enfrentam ameaças, mas também aproveitam oportunidades e viabilizam o crescimento e o sucesso”, afirma Diogo Dias, sócio-líder de Risk Advisory Solutions da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Sobre as oportunidades, mudanças tectônicas no poder, nos centros econômicos e no comércio podem permitir uma mudança para novas regiões. Com um ambiente regulatório e tributário complexo e fragmentado, as empresas devem aumentar as capacidades de monitoramento e resposta. Um cenário tecnológico politizado e em rápida evolução exige reflexões sobre a infraestrutura de TI, o uso confiável da IA, a segurança cibernética e a eficiência energética.
Ameaças às cadeias de suprimentos, aos ativos e à infraestrutura exigem estratégias alternativas de sourcing, incluindo cadeias de suprimentos circulares e infraestrutura resiliente. Em resposta às pressões demográficas, tecnológicas e culturais sobre a força de trabalho, as empresas devem repensar a proposta de valor para o colaborador, integrar melhor os talentos e aperfeiçoar a gestão da mobilidade.
(*) Com informações da KPMG