Mais de 17 mil empresas foram atendidas pela Agência. Programas de qualificação, de incentivo às exportações, equidade de gênero e de investimentos impulsionam o fortalecimento da presença do Brasil no comércio global
Da Redação (*)
Brasília – O ano de 2023 foi de recordes históricos para o comércio exterior brasileiro e para a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). No ano passado, o Brasil vendeu US$ 339,7 bilhões para o exterior, registrando um saldo positivo de US$ 98,8 bilhões – valor 60% maior que o saldo alcançado em 2022.
Em 2023, a ApexBrasil bateu seu próprio recorde, com 17.061 empresas apoiadas. O aumento foi de 18% em relação a 2022 e reflete o êxito da nova gestão, que vem implementando uma série de programas e ações dedicados à capacitação e à inclusão de novas empresas no ranking de exportadoras brasileiras.
“Os recordes nas exportações e no saldo são fruto do esforço do setor produtivo e da dedicação do governo federal, em especial do presidente Lula, em abrir mercados, melhorar as relações com parceiros e incentivar uma cultura exportadora. A ApexBrasil desempenha um papel fundamental nesse processo, qualificando as empresas para o mercado internacional e promovendo os produtos brasileiros em todo o mundo”, comenta o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.
Entre os resultados positivos alcançados em 2023, cabe ressaltar o montante exportado pelas 4.181 empresas apoiadas pela Agência. No ano passado, foram vendidos mais de US$ 140,7 bilhões para o exterior, o que representa US$ 1,1 bilhão a mais que o exportado por essas mesmas empresas em 2022. O valor corresponde a 41% do total exportado pelo Brasil em 2023.
Além disso, das mais de 17 mil empresas apoiadas pela ApexBrasil em 2023, 43% delas são de micro e pequeno porte. O número chega a 48% se incluir atendimento a pessoas físicas. “Isso demonstra o esforço da Agência em difundir uma cultura exportadora nos mais variados setores produtivos do país, gerando impacto social e econômico”, afirma a diretora de Negócios da Agência, Ana Paula Repezza.
Ainda desse total, 2.588 empresas foram atendidas pela Gerência de Indústria e Serviços, enquanto 983 receberam apoio da Gerência de Agronegócio da Agência. Elas exportaram US$ 30 bilhões e US$ 89,3 bilhões, respectivamente. O valor é recorde também para o agro, setor estratégico para a ApexBrasil.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil atingiu, em 2023, o recorde de 78 aberturas de novos mercados de agronegócio em 39 países.
“A ApexBrasil vem contribuindo fortemente para a promoção do setor com estudos de inteligência de mercado, programas de qualificação e ações que colocam o produtor em contato direto com compradores internacionais, bem como com a execução de projetos setoriais de promoção de exportações que contemplam ações específicas para cada segmento do setor”, afirma o gerente de Agronegócio da ApexBrasil, Laudemir Muller.
Também no ano passado, as Regiões Norte e Nordeste tiveram protagonismo como nunca na história da ApexBrasil, com programas e ações voltados à valorização das respectivas regiões e à diminuição da disparidade entre as demais localidades do país em suas contribuições para o comércio exterior. Em 2023, foram 965 empresas do Norte atendidas pela ApexBrasil – 9% a mais do que no ano anterior- e, das quais, 262 passaram a exportar. Já do Nordeste, foram 2.279 empresas atendidas – 54 a mais do que em 2022, das quais 714 exportaram.
Relações comerciais
Entre as grandes missões engajadas pela Agência em 2023 para estimular a exportação e os investimentos no Brasil, destacam-se ainda os esforços para reatar as relações comerciais com o mundo. Missões empresariais e presidenciais, fóruns econômicos e encontros com Setores de Promoção Comercial (SECOMs) promovidos pela ApexBrasil marcaram os primeiros passos rumo a essa reaproximação do Brasil com mercados importantes.
“Estamos restaurando a credibilidade do País e mostrando ao mundo a potência de nossa presença no comércio exterior”, diz Jorge Viana, que esteve ao lado do presidente Lula em visitas à África, Alemanha, Qatar e Arábia Saudita, além de ter marcado presença nas Américas Central, do Sul e no Caribe. Os encontros mostram o início de uma jornada de reaproximação com mercados prioritários e que, segundo Viana, está apenas começando.
(*) Com informações da ApexBrasil