Em ascensão, deficit no comércio com os Estados Unidos atinge US$ 8,478 bilhões até setembro

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Da Redação

Brasília – O deficit acumulado pelo Brasil na balança comercial com os Estados Unidos não para de crescer e entre os meses de janeiro e setembro totalizou US$ 8,478 bilhões, o maior saldo negativo do País na história do intercâmbio comercial com os americanos. O deficit é superior em 163,54% ao resultado negativo registrado em 2012, quando somou US$ 3,217 bilhões, segundo dados do Mnistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Até o mês de agosto, a balança comercial bilateral era favorável aos Estados Unidos no montante de US$ 7,708 bilhões e em setembro tornou-se o superávit americano tornou-se ainda mais elevado. Se a tendência de elevação do deficit for mantida nos três meses que restam de 2013, os americanos poderão fechar o ano com um saldo de cerca de US$ 10 bilhões no comércio com o Brasil, segundo estimativas feitas por analistas do comércio exterior brasileiro.

Entre os meses de janeiro e jetembro, as exportações brasileiras para os Estados Unidos totalizaram US$ 18,390 bilhões. Nesse mesmo período, as vendas de produtos americanos para o mercado brasileiro atingiram o montante de US$36,868 bilhões.

O desequilíbrio na balança bilateral é explicado, principalmente, pela alta queda nas exportações de petróleo pela Petrobrás. Nos nove primeiros meses do ano passado as vendas atingiram a cifra recorde de US$ 5,019 bilhões e em igual período deste ano despencaram para US$ 2,865 bilhões. Também caíram as exportações de outros produtos semimanufaturados ferro/aço, que passaram de US$ 1,217 bilhão em 2012 para US$ 925 milhões em 2013.

A pauta exportadora do Brasil para os Estados Unidos nos nove primeiros meses deste ano teve ainda como destaques o álcool etílico (exportações de US$ 886 milhões em 2013, contra US$ 875 milhões no ano passado), pasta química de madeira (com exportações no valor total de US$ 701 milhões) e café não torrado (vendas no total de US$ 668 milhões, ante exportações de US$ 745 milhões nos nove primeiros meses do ano passado).

Na outra ponta do intercâmbio bilateral, registrou-se um forte aumento das importações brasileiras de óleo diesel, que somaram US$ 2,046 bilhões este ano, contra US$ 1,564 bilhão entre Janeiro e setembro do ano passado, além de um aumento expressivo nas importações de outras gasolina, exceto para aviação, no montante de US$ 915 milhões.

Outros produtos importantes na pauta das exportações americanas ao Brasil foram partes de turborreatores ou de turbo propulsores, no valor de US$ 802 milhões, hulha betuminosa, não aglomerada (US$ 731 milhões) e outros trigos e misturas de trigo totalizando US$ 638 milhões.

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