Da Redação
Brasília – Nenhum país aumentou tanto as importações de produtos brasileiros entre 2002 e 2022 quanto a China. Há 20 anos, as importações chinesas totalizaram US$ 2,5 bilhões, que fizeram do país asiático o quarto principal destino dos bens embarcados pelas empresas brasileiras para o exterior, atrás dos Estados Unidos, Países Baixos e da Alemanha.
Em 2022, as compras chinesas saltaram para US$ 89,4 bilhões, mais de 34 vezes o total importado 20 anos atrás. A virada chinesa aconteceu a partir de 2009, quando o país desbancou os Estados Unidos e se tornou o maior parceiro comercial do Brasil.
Em 2002, a China ocupou o quarto lugar no ranking dos principais importadores de produtos brasileiros. Dez anos depois, as vendas brasileiras para os chineses deram um saldo expressivo e somaram US$ 41,23 bilhões. Nesse período, as exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram num ritmo bem mais lento e totalizaram US$ 37,4 bilhões.
Em 2002, o Top 10 dos principais mercados para os produtos brasileiros era o seguinte:
1) Estados Unidos (US$ 15,3 bilhões); 2) Países Baixos (US$ 3,1 bilhões); 3) Alemanha (US$ 2,5 bilhões); 4) China (US$ 2,5 bilhões); 5) México (US$ 2,3 bilhões); 6) Argentina (US$ 2,3 bilhões); 7) Japão (US$ 2,1 bilhões); 8) Bélgica (US$ 1,9 bilhão); 9) Itália (US$ 1,8 bilhão); e 10) Reino Unido (US$ 1,8 bilhão).
Dez anos depois, o ranking passou a ter a seguinte composição:
1) China (US$ 41,2 bilhões); 2) Estados Unidos (US$ 22,6 bilhões); 3) Argentina (US$ 18 bilhões); 4) Países Baixos (US$ 13,4 bilhões); 5) Japão (US$ 8,0 bilhões); 6) Alemanha (US$ 7,3 bilhões); 7) Índia (US$ 5,6 bilhões); 8) Venezuela (US$ 5,0 bilhões); 9) Chile (US$ 4,6 bilhões); e 10) Reino Unido (US$ 4,6 bilhões).
No ano de 2022, a China aumentou significativamente a distância em relação ao segundo colocado dessa relação, os Estados Unidos, e seguiu liderando com ampla folga a lista dos países que mais importam do Brasil, com um total de US$ 89,4 bilhões. Na sequência vieram: 2) Estados Unidos (US$ 37,4 bilhões); 3) Argentina (US$ 15,3 bilhões); 4) Países Baixos (US$ 11,9 bilhões); 5) Espanha (US$ 9,7 bilhões); 6) Chile (US$ 9,1 bilhões); 7) Singapura (US$ 8,4 bilhões); 8) México (US$ 7,1 bilhões); 9) Japão (US$ 6,6 bilhões); e 10) Índia (US$ 6,3 bilhões).
