Diplomata do Itamaraty acredita que exportações para países árabes podem triplicar

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Goiânia – As relações comerciais do Brasil com os países do Oriente Médio e do Norte da África aumentaram 600% entre 2003 e 2012, mas ainda é pouco, afirma o diretor do Departamento de Oriente Médio do Itamaraty, Carlos Ceglia, que participou, na última semana, de missão do Conselho dos Embaixadores Árabes do Brasil a Goiás. “Cresceu muito, mas pode crescer pelo menos mais três vezes”, disse Ceglia. A missão foi promovida pelo Conselho em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

“Desde 2003, as trocas comerciais entre o Brasil e os países árabes saltaram de US$ 4 bilhões para para US$ 26 bilhões, um aumento de 600%. É muito, mas ainda podemos multiplicar, pois há oportunidades. É preciso também que deixemos de olhar só para o Rio de Janeiro e São Paulo e conhecer o resto do Brasil. Adoro essas duas cidades, mas há um país de ponta além delas”, disse.

Ceglia observou que as trocas comerciais e as exportações do Brasil para os países árabes começaram a crescer depois que o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva colocou a região entre as prioridades da sua política externa a partir de 2003. “Ele viajou para os países árabes, criou a Cúpula América do Sul Países Árabes (ASPA), o que fez o comércio impulsionar”, afirmou.

Ceglia afirmou que ainda há falta de informações e conhecimento entre árabes e brasileiros. Também observou que a pauta de exportações dos árabes para o Brasil concentra-se em petróleo e derivados enquanto as remessas do Brasil para a região são formadas, em sua maioria, por commodities.

“Dá para aumentar as vendas para lá ao se diversificar a pauta de exportações. Mas hoje o empresário brasileiro está preocupado em atender ao crescimento da demanda da sua população, afinal são 35 milhões de consumidores (que ascenderam socialmente nos últimos anos e elevaram o padrão de consumo do país). Mesmo assim, o mercado árabe oferece oportunidades, pois também tem um grande mercado consumidor e com alto poder aquisitivo”, afirmou.

Fonte: ANBA

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