Da Redação
Brasília – O Brasil registrou em 2016 o menor déficit no intercâmbio comercial com os Estados Unidos ao registrar um saldo negativo de US$ 646 milhões. Em 2015, as importações de produtos americanos superaram as vendas de bens brasileiros para os Estados Unidos no valor de US$ 2,31 bilhões. Para esse corte tão significativo no desequilíbrio nas trocas comerciais com os americanos contribuíram uma retração de -10,08% nas importações e um corte de -3,84 nas importações realizadas pelo Brasil.
Entre os anos de 2000 e 2008, a balança comercial com os Estado Unidos foi tradicionalmente favorável ao Brasil e em 2006 o fluxo de comércio entre os dois países gerou para o Brasil um saldo de US$ 9,873 bilhões, o maior superávit obtido na história do comércio com os americanos.
A partir de 2009 esse cenário se modificou e pela primeira vez em décadas as trocas bilaterais apresentaram um déficit de US$ 4,430 bilhões. O comércio entre os dois países continuou marcado por um forte desequilíbrio e atingiu o auge em 2013, quando os Estados Unidos alcançaram um superávit de US$ 11,363 bilhões no intercâmbio com o Brasil. A partir dali, os saldos foram decrescendo (US$ 7,991 bilhões em 2014 e US$ 2,391 bilhões em 2015) até chegar a pouco mais de US$ 646 milhões no ano passado.
Apesar da redução expressiva do déficit, esse resultado é fruto de quedas tanto nas exportações brasileiras quanto nas vendas americanas para o Brasil. Ao totalizar US$ 23,156 bilhões em 2016, as exportações brasileiras atingiram o mais baixo valor desde 2011, quando somaram apenas US$ 25,804 bilhões. Por outro lado, as exportações americanas, no valor de US$ 23,802 bilhões apenas foram superiores, nos últimos anos, aos US$ 20,032 bilhões embarcados para o Brasil em 2009.
