Comércio Brasil-China inicia 2024 com fortes altas nas exportações e importações

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Brasília – O comércio entre o Brasil e a China teve um início de ano marcado pelo expressivo aumento de 53,7% nas exportações brasileiras, que somaram US$ 7,769 bilhões, acompanhado por uma alta de 10,2% nas vendas chinesas para US$ 5,062 bilhões. A corrente de comércio (exportação+importação) totalizou US$ 12,831 bilhões (alta de 33%) e as trocas proporcionaram ao Brasil um superávit de US$ 2.707 bilhões. 

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comercio e Serviços (MDIC), indicam que em janeiro a participação chinesa nas exportações totais brasileiras caiu para 28,8%, após ter fechado o ano de 2023 com um percentual de 30,7%. Por sua vez, a China teve aumentada para 24,7% sua fatia nas importações brasileiras, contra 22,1% registrados em 2023.

Segundo o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, os números do comércio com a China são positivos, assim como as estatísticas gerais do comércio exterior brasileiro, “mas não marcam a tendência do ano”. 

As trocas com os chineses foram impactadas por fortes aumentos nas exportações de petróleo em bruto, que cresceram 60,1% sobre janeiro do ano passado, somaram US$ 2,8 bilhões e voltaram a liderar a pauta exportadora para o país asiático, e pelo surpreendente salto de 229% nos embarques de soja, com uma receita de US$ 1,0049 bilhão. 

A carne bovina e celulose foram outros destaques nas exportações para a China. Os embarques da proteína animal tiveram uma retração de 12% e somaram US$ 426 milhões, enquanto as vendas de celulose cresceram 22,4% para US$ 342 milhões.

Exportações e importações começaram o ano em forte alta e impactaram positivamente o fluxo de comércio sino-brasileiro, mas as trocas bilaterais voltaram a ser marcadas em janeiro pela histórica concentração das exportações brasileira em commodities de baixo valor agregado. Três delas, petróleo (33%), minério de ferro (24%) e soja (13%) responderam por 70% de todo o volume vendido para a China.

Entre os poucos produtos industrializados exportados para o mercado chinês figuram os chamados “demais produtos da indústria de transformação”, com um total de US$ 74 milhões, que tiveram em janeiro uma queda de 5,63%.

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