Da Redação
Brasília – Após um robusto crescimento de +25,8% em 2022, quando totalizou US$ 88,742 bilhões, a corrente de comércio (exportação+importação) entre o Brasil e os Estados Unidos registrou entre janeiro e novembro deste ano uma queda de -15,9%. O resultado negativo deveu-se à contração de 26,3% nas exportações americanas e uma redução mais suave, de 1,3%, nos embarques de produtos brasileiros para o mercado americano.
Nesse contexto, pelo lado brasileiro, o grande destaque no intercâmbio com o segundo maior parceiro comercial do país ficou por conta da forte queda no superávit em favor dos Estados Unidos, que nos onze primeiros meses de 2023 totalizou US$ 1,566 bilhões, contra um déficit de US$ 13,867 bilhões em todo o ano passado.
A reversão da tendência crescente do intercâmbio bilateral deverá ser um dos temas em destaque na 12ª. Reunião Plenária do Fórum de CEOs Brasil-EUA, que será realizada nesta sexta-feira (15) no Itamaraty pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Casa Civil da Presidência da República. A reunião será presidida pelo vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, e pela secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo.
O objetivo do evento, segundo o MDIC, é promover o comércio e os investimentos entre os dois países e a iniciativa conta com a participação de 12 CEOs de empresas brasileiras e igual número de CEOs de empresas americanas. Periodicamente, esses executivos formulam e apresentam aos governos dos dois países sugestões visando ampliar e diversificar o fluxo de comércio e a atração de investimentos.
A reunião plenária ocorrerá às 10h30 e ao meio-dia os representantes dos governos e do setor privado dos dois países participarão de uma discussão informal, promovida pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na ocasião, serão apresentados os resultados da sessão plenária e debatidas as perspectivas da relação comercial e de investimentos entre o Brasil e os EUA.
O Fórum acontece no final de um ano em que o comércio bilateral é marcado por uma acentuada desaceleração após um ano de 2022 repleto de resultados positivos. De janeiro a novembro deste ano, as exportações brasileiras caíram -1,3% para US$ 33,404 bilhões e a participação dos Estados Unidos nas exportações globais brasileiras foi de 10,7%, contra 11,2% em 2022. Na outra ponta, as vendas americanas tiveram uma contração de -26,3%, o que levou a uma redução para 15,8% na participação dos EUA nas importações brasileiras. No ano passado, esse percentual foi de 18,8%.
Quedas nas exportações e importações resultaram, consequentemente, em redução na corrente de comércio e neste ano o comércio bilateral encolheu -15,9% para US$ 68,374 bilhões. Em 2022, as trocas bilaterais somaram US$ 88,742 bilhões, com uma alta de +25,8 sobre o ano anterior.
