Caso isolado de Doença de Newcastle não deve afetar exportações de frangos, diz ABPA

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Em coletiva de imprensa, presidentes da ABPA e ASGAV apontam expectativa de positivas sobre restabelecimento da normalidade
São Paulo – A ação de esclarecimento e monitoramento da amostra de Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul foi rápida e não se esperam impactos significativos sobre as exportações avícolas do Brasil. A análise foi apresentada na última sexta-feira  (19) pelo presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, e pelo presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), José Eduardo dos Santos, em coletiva de imprensa híbrida ocorrida em Porto Alegre (RS).

De acordo com o presidente da ABPA, o autoembargo anunciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil era esperado por conta dos acordos sanitários assinados pelo Brasil, e reforça a posição de transparência com relação aos cuidados sanitários com a produção. Conforme dados apresentados por Santin, a exportação brasileira representa, em média, 430 mil toneladas mensais. No cenário mais extremo, os destinos em que há algum tipo de embargo, total ou parcial, país ou estado, podem gerar impacto nestes destinos de, no máximo, 60 mil toneladas.

“Isto não significa que este volume será destinado ao mercado interno. Provavelmente, os fluxos serão alocados para outros possíveis destinos demandantes destes produtos, especialmente em um momento em que a demanda internacional está aquecida”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Retomada das exportações em curtíssimo prazo

O dado representaria, no máximo, entre 5% e 7% da produção mensal brasileira. “Cabe reiterar que este é um cenário extremo e não é o que se espera em relação ao comportamento dos mercados. Já há indicativos de potenciais retomadas no curtíssimo prazo, graças ao célere e transparente trabalho de esclarecimento por parte das autoridades técnicas e de negociação dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores”, completa o diretor de mercados, Luís Rua, que participou da coletiva. 

Conforme o presidente da ASGAV, a rápida notificação e tomada de ações pelas autoridades sanitárias federais e do estado permitiram a visualização mais clara do quadro.

“Identificou-se rapidamente o entorno da propriedade, foram feitas as análises, seguiu-se o monitoramento. Não há sinalizações de ampliações da ocorrência e, sim, apenas uma amostra identificada na testagem de uma situação pontual. Por tudo isso, esperamos que o restabelecimento da normalidade ocorra no curto prazo. Vale lembrar, também, que não há qualquer risco para o consumidor e que já foram realizadas todas as etapas de eliminação da ocorrência e desinfecção da granja”, pontua.

(*) Com informações da ABPA

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