São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) promoveram esta semana um seminário sobre certificação de origem e de documentos nas exportações para países do Oriente Médio e Norte da África. O evento reuniu representantes de 25 empresas exportadoras de frango, além de diretores e funcionários das duas entidades.
“A certificação é uma garantia de que o produto é brasileiro, de que a empresa brasileira [exportadora] é confiável e de que os documentos [de exportação] são verdadeiros”, disse à ANBA o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, que falou sobre o tema na sede da ABPA, em São Paulo. “São 38 os itens que nós checamos”, destacou.
A certificação pode ser uma exigência aduaneira do país para onde se exporta, ou do importador que está comprando a mercadoria, ou de ambos. A Câmara Árabe é a única entidade autorizada a prestar este serviço no Brasil pela Liga dos Estados Árabes e por seu braço privado, a União Geral das Câmaras de Comércio, Indústria e Agricultura dos Países Árabes. O trabalho é feito conforme determinação da Liga.
O objetivo do seminário, segundo Alaby, foi explicar o porquê da certificação e como funciona o processo. “É uma segurança para o importador e para o exportador”, ressaltou o executivo. “Muitas empresas não tinham conhecimento disso”, acrescentou. O valor do serviço é fixado pela Liga Árabe.
Além da certificação, há a legalização de documentos, que não é feita pela Câmara, mas pelas embaixadas e consulados. Neste caso, o custo do serviço é definido pelo governo do país, e o prazo, pela representação diplomática. Alaby aconselhou, porém, que as empresas observem bem quais papéis de fato precisam ser legalizados, pois é comum o envio de material desnecessário, o que onera o processo.
“Muitos documentos não têm necessidade de legalização”, declarou o diretor-geral. O envio da documentação correta pode representar uma redução de mais de 40% no custo do processo.
Alaby falou também sobre o processo de certificação online que a Câmara pretende implementar. “Nós estamos trabalhando para implantar a certificação e a legalização online, com assinatura digital, para reduzir o tempo do início ao término da operação”, afirmou. A expectativa é cortar o prazo pela metade.
A entidade planeja fazer mais reuniões como esta, como, por exemplo, com representantes do setor de carne bovina.
Fonte: ANBA