Câmara Árabe Brasileira informa que acompanha de perto investigação da “Carne Fraca”

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São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira divulgou nesta terça-feira (21) nota em que afirma estar atenta aos desdobramentos da operação Carne Fraca, que investiga frigoríficos. “Na qualidade de entidade que há 65 anos é responsável pela aproximação entre importadores e exportadores do Brasil e dos 22 países da Liga dos Estados Árabes, a Câmara de Comércio Árabe Brasileira informa que está acompanhando passo a passo o andamento da operação da Polícia Federal brasileira, deflagrada na última sexta-feira (17), envolvendo frigoríficos brasileiros”, diz a organização.

“Estamos comprometidos com a transparência e empenhados na busca dos esclarecimentos para que todos os interessados na manutenção do relacionamento entre o Brasil e os países árabes, especificamente no que diz respeito à exportação de carnes e seus derivados, estejam informados sobre o desenrolar dos acontecimentos”, destacou o presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun.

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) compilados pela Câmara Árabe, as exportações de carnes e derivados ao mundo árabe somaram US$ 574 milhões no primeiro bimestre, de um total de US$ 1,8 bilhão exportados pelo Brasil à região no período. Os embarques totais cresceram 5,6% em relação aos dois primeiros meses do ano passado.

A Polícia Federal investiga 21 frigoríficos por suspeitas de irregularidades, num universo de mais de 4,8 mil estabelecimentos do gênero existentes no Brasil. Na segunda-feira (20), o governo brasileiro anunciou a suspensão das licenças de exportação das unidades investigadas.

Após a operação, o governo determinou ainda a aceleração de auditorias nos frigoríficos investigados, a cooperação entre o Ministério da Agricultura e a Polícia Federal nas investigações, a realização de contatos com organismos internacionais para assegurar a qualidade e a sanidade da carne brasileira, e a punição de eventuais responsáveis por irregularidades. São investigados 33 funcionários do Ministério da Agricultura, de um total de 11 mil.

O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira que a Coreia do Sul, que havia ameaçado suspender as importações de carnes brasileiras, voltou atrás na decisão.

(*) Com informações da ANBA

 

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