Brasil tem queda de 12,09% no superávit com  Mercosul. Saldo vai a US$ 12,294 bilhões

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Da Redação

Brasília –  O saldo acumulado pelo Brasil no intercâmbio comercial com os demais sócios do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) continua sua trajetória descendente, afetado principalmente pela retração nas exportações para a Argentina. De janeiro  julho, a queda foi de 12,09% e o as vendas aos três países totalizaram US$ 12,294 bilhões. Ano passado, em igual período do ano, as exportações somaram US$ 12,984 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Por sua vez, as vendas desses três países ao Brasil tiveram uma queda ainda maior: 15,08% e atingiram o montante de US$ 10,053 bilhões (contra US$ 11,839 bilhões vendidos ao Brasil nos sete primeiros meses do ano passado.

O aumento nas exportações de petróleo bruto  e de oleo diesel foi um dos destaques nas exportações brasileiras para o Mercosul. Ano passado, o petróleo bruto não figurou da pauta exportadora brasileira. Este ano, as vendas já atingiram a cifra de US$ 668 milhões. Enquanto isso, as exportações de oleo diesel tiveram um aumento de 64,02% para US$ 297 milhões (contra US$ 181 milhões exportados ano passado).

E se as vendas de petróleo bruto e de oleo diesel se ampliaram, as exportações de automóveis de 1.500 cilindradas despencaram 36,62%, passando de US$ 1,788 bilhão vendidos em janeiro-julho de 2013 para US$ 1,139 bilhão este ano. Também foi registrada retração (-27,53%) nas vendas de automóveis 1.000 cilindradas, que caíram de US$ 689 milhões em 2013 para US$ 500 milhões nos sete primeiros meses deste ano. Queda acentuada (-34,26%) aconteceu também nas exportações de tratores rodoviários para semi-reboques, que somaram US$ 268 milhões, ante US$ 176 milhões exportados em 2013.

E não foram apenas as exportações brasileiras para a Argentina, Paraguai e Uruguai que se retraíram. O Brasil também reduziu as importações de seus sócios do Mercosul. As compras de trigo, por exemplo, despencaram 38,12% para US$ 1.032 bilhão adquirido ano passado para US$ 639 milhões importados este ano.

Queda ainda mais acentuada ocorreu com as importações de automóveis 1.000 cilindradas, que somaram US$ 272 milhões este ano, contra US$ 687 milhões adquiridos principalmene da Argentina de janeiro a julho do ano passado, uma queda de 60,35%. Igualmente se retraíram, ainda que de forma menos acentuada, as importações de veículos de 1.500 cilindradas. Aqui, a queda foi de 28,90%. Este ano, as importações totalizaram US$ 609 milhões, depois de terem chegado a US$ 856 milhões em 2013.

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