Da Redação (*)
Brasília – A menos de dois meses do final do ano, o deficit na balança comercial brasileira não para de crescer e na segunda semana de novembro já atingiu a cifra de US$ 3, 422 bilhões, tornando prarticamene nulas as chances de o País vir a fechar 2014 com saldo positivo no intercâmbio comercial conforme revelava acreditar até a semana passada o Secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Eduardo Godinho.
A segunda semana de novembro, com cinco dias úteis (10 a 16), teve exportações de US$ 3,678 bilhões, com média diária de US$ 735,6 milhões. Pela média, houve retração de 12,8% em relação à primeira semana (US$ 843,8 milhões) em razão, principalmente, da queda nos embarques de produtos semimanufaturados (-33,6%), manufaturados (-12,3%) e básicos (-8,4%).
Na semana, as importações foram de US$ 4,482 bilhões, com média diária de US$ 896,4 milhões, o que representa retração de 9,7%, pela média, sobre igual período comparativo (US$ 993,2 milhões), em função da diminuição nos gastos com combustíveis e lubrificantes, aparelhos eletroeletrônicos, plásticos e obras, siderúrgicos e farmacêuticos. O saldo semanal está negativo em US$ 804 milhões e a corrente de comércio, soma de exportações e importações, foi de US$ 8,160 bilhões, com média de US$ 1,632 bilhão por dia útil.
Mês
Nos dez dias úteis de novembro, as exportações brasileiras somaram US$ 7,897 bilhões (média diária de US$ 789,7 milhões). Por este comparativo, a média das vendas externas foi 24,3% menor em relação a novembro de 2013 (US$ 1,043 bilhão). Houve queda nas exportações de produtos manufaturados (-27,9%), por conta de aviões, veículos de carga, automóveis de passageiros, óleos combustíveis, máquinas para terraplanagem e motores para veículos); básicos (-22,8%), em função, principalmente, de minério de ferro, milho em grão, fumo em folhas, farelo de soja e carne bovina; e de semimanufaturados (-22,2%), pelas quedas nas exportações de açúcar em bruto, óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido e ouro em forma semimanufaturada. Em relação à média de outubro de 2014 (US$ 797 milhões), foi registrada retração de 0,9%.
No acumulado do mês, as importações foram de US$ 9,448 bilhões (média diária de US$ 944,8 milhões), o que representa diminuição de 1,2% em relação à média do mesmo período do ano passado (US$ 956,2 milhões). Caíram os gastos, principalmente, com borracha e obras (-21,8%), veículos automóveis e partes (-13,5%), instrumentos de ótica e precisão (-11,0%), e químicos orgânicos/inorgânicos (-10,2%). Em relação à média de outubro deste ano (US$ 848,1 milhões), houve aumento de 11,4% em função, principalmente, do crescimento dos gastos com adubos e fertilizantes (47,1%), combustíveis e lubrificantes (28,2%) e siderúrgicos (14,7%). A corrente de comércio está em US$ 17,345 bilhões, com média diária de US$ 1,734 bilhão, e saldo negativo de US$ 1,551 bilhão (média negativa de US$ 155,1 milhões por dia útil).
Ano
De janeiro até a segunda semana de novembro (221 dias úteis), as vendas ao exterior totalizaram US$ 199,8 bilhões (média diária de US$ 904,4 milhões). Na comparação com a média registrada no mesmo período de 2013 (US$ 947 milhões), as exportações diminuíram 4,5%. As importações foram de US$ 203,2 bilhões (média diária de US$ 919,8 milhões), valor 3,4% abaixo da média do período equivalente do ano anterior (US$ 952 milhões)
No acumulado do ano, o saldo da balança comercial está negativo em US$ 3,422 bilhões, com resultado médio diário negativo de US$ 15,5 milhões. No mesmo período de 2013, havia déficit de US$ 1,092 bilhão, com média negativa de US$ 5 milhões por dia útil. A corrente de comércio está em US$ 403,1 bilhões, com desempenho diário médio de US$ 1,824 bilhão. O valor é 3,9% menor que a média registrada no mesmo período de 2013.
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(*) Com informações do MDIC