Balança comercial tem saldo de US$ 506 milhões em abril e deficit de US$ 5,56 bilhões no ano

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Da Redação (*)

Brasília – Ao contrário do que esperavam alguns especialistas em comércio exterior, a  balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 506 milhões em abril, de acordo com dados divulgados  nesta sexta-feira (2) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No mês de abril, as vendas para o exterior alcançaram a cifra de US$ 19,724 bilhões e as importações totalizaram US$ 19,218 bilhões.

A expectativa era de que em abril o País alcançaria um saldo de cerca de US$ 250 milhões em seu comércio exterior. Apesar dos números positivos registrados em abril, nos quarto primeiros meses do ano a balança comercial fechou com um deficit de US$ 5,56 bilhões.

Em abril de 2013, o país registrou déficit comercial de US$ 989 milhões. O resultado de abril deste ano também foi um pouco melhor que o de março, quando a balança comercial registrou um superávit de US$ 112 milhões – o pior resultado, para meses de março, desde 2001.

Segundo o MDIC, a média diária de exportação em abril, de US$ 986,2 milhões, ficou 6,3% acima daquela apurada no mês de março, representando a segunda melhor média diária para meses de abril, sendo superada apenas por abril/2011 (US$ 1,062 bilhão). Enquanto isso, as importações registraram alta de 4,2% na comparação com o mês anterior.

 

Acumulado no ano

No acumulado do ano, entretanto, a balança comercial ainda registra um déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 5,56 bilhões. Em igual período do ano passado, o saldo ficou deficitário em US$ 6,145 bilhões.

Nos quarto primeiros meses do ano as exportações somaram US$ 69,312 bilhões. Comparativamente com igual período de 2013, as vendas para o exterior caíram 1,8%, pela média diária. As importações somaram US$ 74,878 bilhões, com queda de 2,3% sobre o mesmo período anterior, pela média diária.

A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, é de pequena melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 3,02 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.

 

Destaques de abril

No mês, as exportações de produtos básicos (US$ 10,608 bilhões) registraram valor recorde
para meses de abril; enquanto os semimanufaturados e manufaturados alcançaram valores de US$ 2,145 bilhões e US$ 6,470 bilhões, respectivamente.

No grupo dos básicos cresceram principalmente: petróleo em bruto (+75,6%, para US$ 1,1
bilhão), carne suína (+36,8%, para US$ 109 milhões), farelo de soja (+29,2%, para US$ 709
milhões), café em grão (+27,3%, para US$ 501 milhões), soja em grão (+19,8%, para US$ 4,1 bilhões) e carne bovina (+6,5%, para US$ 423 milhões).

Os cinco principais compradores foram: 1º) China (US$ 4,487 bilhões), 2º) Estados Unidos  (US$ 2,429 bilhões),  3º) Argentina (US$ 1,284 bilhão), 4º) Países Baixos (US$ 1,260 bilhão) e 5º) Chile (US$ 649 milhões).

Entre as importações, caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-11,7%), bens de consumo (-1,8%) e matérias-primas e intermediários (-1,0%), enquanto cresceram as compras de bens de capital (+3,9 %).

No grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente pela queda
dos preços e das quantidades embarcadas de óleos combustíveis, naftas, gasolina e petróleo”, informou o Mdic.

Em relação aos bens de consumo, as principais quedas foram de de produtos farmacêuticos,
automóveis de passageiros, motocicletas e outros ciclos, produtos de
toucador e produtos alimentícios.

No segmento de matérias-primas e intermediários, recuaram as importações de insumos para agricultura, acessórios de equipamentos de transporte, produtos minerais e produtos
agropecuários não alimentícios.

Com relação a bens de capital, cresceram os seguintes itens: partes e peças para bens de
capital para indústria, máquinas e aparelhos de escritório e serviço científico, acessórios de
maquinaria industrial e maquinaria industrial.

Os cinco principais fornecedores foram: 1º) Estados Unidos (US$ 2,928 bilhões), 2º) China (US$2,915 bilhões), 3º) Argentina (US$ 1,264 bilhão), Alemanha (US$1,222 bilhão) e 5º) Coreia do Sul( US$ 814milhões).

(*) Com Agências

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