Da Redação
Brasília – Pelo quarto ano consecutivo, em 2018, a participação dos produtos manufaturados, de maior valor agregado, voltaram a cair e corresponderam a 36,08% de todo o volume exportado pelo Brasil, com embarques no valor de US$ 86,548 bilhões. No ano 2000, os manufaturados alcançaram a maior participação nas receitas totais de exportações brasileiras, com um percentual de 59,07%. A partir dali, essa participação iniciou trajetória decrescente, tendo atingido o percentual mais baixo em 2014, com 35,65% de participação.
Em 2018, a balança comercial dos produtos industrializados gerou um déficit de US$ 67,573 bilhões, com exportações de US$ 86,548 bilhões e importações no total de US$ 154,121 bilhões. Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, foram compilados pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
De acordo com os dados, em 2013 a balança comercial dos produtos manufaturados alcançou as maiores cifras da série desde o ano 2000. Há seis anos, as exportações desse segmento totalizaram US$ 93,090 bilhões e as importações atingiram a cifra recorde de US$ 198,111 bilhões. Com isso, o saldo ficou negativo em US$ 109,444 bilhões. Entre 2009 e 2018, a balança comercial dos produtos manufaturados acumulou um déficit da ordem de US$ 700 bilhões.
Enquanto a balança comercial dos produtos manufaturados é marcada por sucessivos e crescentes saldos negativos, as trocas envolvendo os produtos básicos têm um perfil diametralmente oposto e o setor é o principal responsável pelos expressivos superávits acumulados pelo Brasil no comércio exterior nos últimos anos.
Em 2018, as exportações de produtos manufaturados geraram receita no valor de US$ 119,36 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 18,875 bilhões, gerando um saldo positivo de US$ 100,431 bilhões, o maior superávit alcançado pelo setor na série histórica do comércio exterior brasileiro. Entre os anos de 2009 e 2018, a balança comercial dos produtos básicos acumulou um saldo de US$ 749 bilhões.