Aumento das importações em agosto é visto por analistas como indício da recuperação econômica

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Brasília –  Pela primeira vez desde setembro de 2014, as importações brasileiras se expandiram em um mês específico, em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação entre os meses de agosto de 2015 e 2016, as importações cresceram 0,43% ou US$ 54,77 milhões. De acordo com analistas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) essa elevação pode indicar o início da recuperação econômica brasileira, pois as empresas estariam importando mais insumos e maquinário para ampliar sua produção.

De acordo com o boletim Agronegócio Internacional, da Confederação Agricultura e Pecuária do Brasil ICNA), no mês passado foi registrado um aumento das importações de combustíveis (especialmente óleo diesel) e insumos (como o estireno, utilizado na produção de isopor).

Apesar disso, nem todo o crescimento das importações está ligado à recuperação da economia. Em razão das quebras nas safras de milho e feijão, as compras desses produtos crescram US$ 86,66 milhões na comparação entre os meses de agosto de 2015 e 2016. Ou seja, ainda que haja maior compra de insumos industriais, ao menos parte do crescimento das importações foi causado por quebras de safras.

Segundo o boletim da CNA, especificamente para produtos do agronegócio, as compars internacionais brasileiras totalizaram US$ 1,24 bilhão em agosto, 28,4% (US$ 275,05 milhões) a mais que no mesmo mês de 2015. Além do milho e do feijão, cresceram também as importações de trigo (US$ 38,39 milhões), álcool não desnaturado (US$ 34,10 milhões), leite em pó (US$ 23,24 milhões) e arroz semibranqueado (US$ 22,79 milhões), entre outros.

Por outro lado, a publicação destaca que o agronegócio foi responsável por 44,9% de um total de US$ 16,99 bilhões exportados pelo Brasil no mês de agosto, com vendas externas no montante de US$ 7,63 bilhões.

Esse resultado do agronegócio, 3,9% superior ao de agosto do ano passado, foi influenciado pelo crescimento das vendas internacionais de produtos como alguns açúcares de cana em bruto (alta de US$ 385,95 milhões, atingindo uma receita total de US$ 821,54 milhões no mês), açúcar refinado sem aromatizantes (crescimento de US$ 197,26 milhões, com valor total de US$ 307,89 milhões). Foram registrados também aumentos nas exportações de tbaaco destalado (processado, crescimento de 31,4% ou US$ 54,02 mlhões) e milho em grão (11,1% correspondentes a US$ 43,12 milhões).

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