Da Redação
Brasília – A Espanha deverá fechar o ano de 2013 com superávit na balança comercial com o Brasil. De janeiro a setembro, o intercâmbio comercial bilateral é favorável aos espanhóis no total de US$ 623 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O último saldo positivo obtido pela Espanha no comércio com o Brasil aconteceu no ano 2001 e o superávit foi de US$ 182 milhões.
Nos nove primeiros meses deste ano, as exportações brasileiras para Espanha totalizaram US$ 2,798 bilhões, bem próximas dos US$ 2,828 bilhões vendidos àquele país em igual período de 2012. Em contrapartida, as exportações espanholas saltaram de US$ 2,603 bilhões no período janeiro/setembro do ano passado para US$ 3,421 bilhões este ano. Com isso, a Espanha saiu de um deficit de US$ 225 milhões para um saldo de US$ 623 milhões este ano.
Os dados do MDIC mostram que, depois de anos de profunda recessão econômica que afetou inclusive o comércio exterior, a Espanha aos poucos vai se recuperando e volta a conquistar resultados importantes em seu comércio internacional, como é o caso dos últimos resultados obtidos no intercâmbio com o Brasil. Isto se deve, principalmente à expansão das exportações de produtos industrializados, de maior valor agregado.
Assim, enquanto as exortações brasileiras para a Espanha concentraram-se praticamente no complexo soja, óleos brutos de petróleo e minério de ferro, a pauta exportadora espanhola foi composta por itens como naftas para petroquímica, outras partes para aviões ou helicópteros e cloretos de potássio, entre outros.
Do lado brasileiro, as exportações do complexo soja totalizaram, de janeiro a setembro, US$ 1,036 bilhão, correspondentes a mais de um terço do volume global exportado para o país europeu no período. Outros produtos de destaque na pauta exportadora foram óleos brutos de petróleo (US$ 383 milhões), minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados (US$ 161 milhões) e milho em grão (US$ 149 milhões).
Enquanto isso, a pauta exportadora espanhola foi liderada pelo gás natural liquefeito, com exportações no montante de US$ 319 milhões), e integrada, entre outros produtos, por nafta para petroquímica (US$ 298 milhões), outras partes para aviões ou helicópteros (US$ 119 milhões), querosene (US$ 85 milhões) e cloretos de potássio (US$ 77 milhões).
