São Paulo – O Brasil está em etapa avançada do processo para abrir o mercado de frutas cítricas ao Egito. Segundo o adido agrícola da Embaixada do Brasil no Cairo, Cesar Simas Teles, agora é preciso apenas que os requisitos sanitários acordados entre as nações sejam publicados no Diário Oficial da União do Brasil.
O mercado que o Egito quer explorar é o de laranjas, tangerinas e limões. Com o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Egito, que entrou em vigor em 2017, a tarifa que incide sobre a importação das frutas cítricas egípcias já teve desgravação de 75%. A alíquota que para o Egito hoje é de 2,5% será zerada até setembro de 2020.
No total o Brasil importou no ano passado 30.655 toneladas de laranja, movimentando US$ 27,79 milhões. Em limões e limas ácidas, a importação brasileira foi de 4.024 toneladas, com receita de US$ 4,04 milhões. Para Teles, a relevância deste mercado brasileiro não está no tamanho, mas sim no que ele representa. “A maior importância se dá pelo fato de o Brasil ser o primeiro país das Américas a abrir o mercado para as frutas cítricas egípcias”, explicou à ANBA.
A negociação incluiu reuniões e o intercâmbio de visitas de delegações e missões técnicas entre o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil e o Ministério da Agricultura e Recuperação de Terras do Egito. Na foto ao lado, auditores fiscais do Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa durante missão de visitas técnicas ao Egito entre os dias 30 de novembro a 4 de dezembro de 2019.
Para Teles, o momento positivo nas relações entre os dois países pode colaborar para a abertura de mercado agora. “O governo brasileiro recentemente recebeu a notícia que 42 novos estabelecimentos brasileiros exportadores de carne foram habilitados pelo governo egípcio. Então existe um clima bastante favorável para que o Brasil abra o mercado para as frutas cítricas egípcias. A parte técnica já finalizou. Agora, dependemos apenas da publicação, porém com essa pandemia não temos como ter uma data”, esclareceu o adido.
Vários órgãos e instituições no Brasil e Egito, entre eles o Escritório Comercial do Egito em São Paulo, vêm trabalhando pela abertura de mercados de produtos entre os dois países desde que o acordo Mercosul-Egito foi assinado. A autorização para importação de alimentos de cada país demanda a emissão de certificações sanitárias.
Até o fechamento desta matéria o Mapa ainda não havia retornado sobre em qual data a decisão brasileira sobre o mercado de frutas cítricas deverá ser publicada no Diário Oficial da União.
(*) Com informações da ANBA