Da Redação (*)
Brasília – A balança comercial do setor eletroeletrônico deverá fechar o ano de 2016 com um déficit de aproximadamente US$ 20 bilhões, cifra 23% inferior à registrada em 2015. A projeção foi feita pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
De acordo com a Associação, as exportações de produtos deverão fechar 2016 em queda de 5% em relação a 2015, atingindo US$ 5,6 bilhões. A instabilidade da taxa de câmbio em patamares desfavoráveis à competitividade da indústria foi o principal fator que impediu um melhor desempenho das vendas externas.
Por outro lado, as importações devem recuar 20%, encerrando o ano em US$ 25,3 bilhões. Esta forte retração das compras externas está diretamente ligada à queda do consumo interno, abalado pela crise econômica do país.
O levantamento feito pela Abinee aponta que o faturamento da indústria eletroeletrônica, no ano de 2016, deverá atingir R$ 131,2 bilhões, 8% inferior ao verificado no ano de 2015 (R$ 142,5 bilhões). Em termos reais (descontada a inflação do setor) o resultado representará uma retração de 11%.
Segundo a entidade, além da baixa atividade indicada tanto pelas empresas, também contribuiu para a queda no faturamento, os juros elevados e o crédito contraído, fatores fundamentais na decisão do consumo.
Com o baixo nível dos negócios, a produção industrial encerrará o ano com queda de 10%. Os investimentos em ativo fixo deverão atingir R$ 2,4 bilhões, 25% abaixo dos realizados no ano passado.
O número de empregados ficará em 234 mil trabalhadores, 14 mil postos abaixo do final de 2015. Analisando o final de 2014, quando as indústrias empregavam 294 mil pessoas, o setor fechou 60 mil postos de trabalho.
Perspectivas
Para 2017, o setor projeta crescimento nominal de 1% no faturamento das indústrias, projeção compatível com a estimativa do PIB, que, também, deverá ficar em torno de 1%.
A entidade prevê que os investimentos deverão a apresentar ligeiro crescimento (2%), se aproximando dos R$ 2,5 bilhões. Sobre o mercado internacional, tanto as exportações como as importações deverão ficar no mesmo nível de 2016, uma vez que o câmbio não deverá ter variação que possa trazer maior competitividade para a indústria.
Em 2017, segundo a avaliação da entidade, o setor encerrará empregando 235 mil trabalhadores, ou seja, mil a mais que o que deverá ser registrado no final deste ano.
Acesse os dados completos em http://www.abinee.org.br/abinee/decon/decon15.htm
(*) Com informações do portal IndustriAtividade