“A Expointer 2013 está perdida”, diz a Stihl. Infraestrutura precária gera indignação e revolta

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Esteio – RS – Há um sentimento de indignação e revolta na Expointer 2013. Os graves problemas na infraestrutura da Feira foram evidenciados na edição deste ano, quando uma chuva de 210 milímetros acumulados em quatro dias (segundo dados oficiais) deixaram vários expositores sem poder abrir seus estandes e provocando prejuízos de milhões de reais.

image02“A Expointer está perdida”, lamenta Rafael Zanoni, gerente de marketing da Stihl, ao elencar “enormes prejuízos”. “Praticamente não tivemos Feira. Primeiro foi o mau tempo, e agora o alagamento. É lamentável que num evento tão grande, a falta de infraestrutura seja do mesmo tamanho”, critica o expositor do setor de máquinas e implementos.

Zanoni afirma não entender o motivo do despreparo. “Não é a primeira vez que se vê chuva forte nessa época, e não vimos nenhuma melhoria no Parque nesses últimos anos. Nós investimos R$ 400 mil no nosso espaço e mais R$ 50 mil para trazer o pessoal para cá. Além desse prejuízo, simplesmente não podemos vender”, reclama.

A empresa direcionou o atendimento aos clientes para a sua revenda Agrimac, que fica a uma quadra do estande afetado. “Esperamos suporte do Parque de Exposições e do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers). E aguardamos uma melhor infraestrutura para os próximos anos”, avisa o expositor.

image03Quem também foi muito afetada pelo alagamento foi a estreante LS Tractor, que teve de movimentar seus tratores pelo Parque para encontrar abrigo. Por fim, foram alojados improvisadamente em plena Rua Orlando Carlos, em tendas.

O gerente nacional de vendas da LS, Ronaldo Pereira, lamenta o ocorrido. “Fomos vítimas de uma calamidade. Essa enchente afetou todo o estado, com oito mil desabrigados. O parque tem de sofrer modificações, construir estruturas de contenção e elevação dos terrenos”, afirmou.

Ele prossegue avaliando que a chuva desse ano “comprometeu totalmente a Feira. Nós tínhamos uma expectativa de venda de 200 tratores no período da Expointer, e talvez vamos atingir algo em torno de 25% disso, o que é um prejuízo muito grande. Apesar disso, queremos apenas atender bem nossos clientes. Depois vamos conversar com a administração da Feira, para ver que ações serão tomadas em função desses prejuízos. Somos parceiros do Simers e do governo do estado”.

Fonte: Agrolink

 

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