São Paulo – A necessidade de garantir a segurança alimentar da Arábia Saudita trouxe ao Brasil uma delegação de governo e empresários, liderada pelo ministro da Agricultura, Fahad Abduralhaman Bal Ghunaim. Em missão de três dias, os sauditas conhecerão as oportunidades de investimentos no setor agropecuário brasileiro e terão chance de diversificar a importação de produtos do setor, a partir de encontros com representantes das áreas pública e privada do Brasil.
O Encontro Empresarial Brasil – Arábia Saudita teve início nesta segunda-feira, 4 de outubro, em São Paulo, com o objetivo principal de identificar investimentos no agronegócio brasileiro. Na abertura da reunião, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, ressaltou a posição da Arábia Saudita como principal importador do Oriente Médio e acredita no resultado positivo da reunião.
“O Brasil é um dos países mais atrativos e receptivos para o capital estrangeiro e temos todas as condições de contribuir para que a Arábia Saudita seja bem sucedida no projeto de garantir a segurança alimentar em médio e longo prazo”, destacou.
Miguel Jorge lembrou ainda que os laços entre o Brasil e os países árabes foram criados no século 19 e o comércio bilateral foi intensificado nos últimos dez anos. Segundo o ministro, de 2002 a 2008, o total das exportações para os sauditas cresceu mais de 350%, de US$ 1,2 bilhão para quase US$ 5,5 bilhões. Em 2010, os embarques já somaram US$ 3,5 bilhões. “Esses números ainda não refletem as potencialidades das nossas economias, pois nossa corrente de comércio pode crescer em ritmo mais rápido do que o registrado antes da crise financeira mundial”, ponderou.
O ministro saudita demonstrou interesse na troca de experiências com os brasileiros, após eleger o país como o mais estratégico para investimentos, porque responde com mais rapidez e conta com alta tecnologia no setor. “Queremos estreitar cada vez mais as relações para benefício dos dois países”, enfatizou. Ghunaim informou que o estímulo aos investimentos nas áreas de produção, agroindústria, infraestrutura e comercialização fazem parte da política daquele governo, em função da escassez de recursos hídricos e de terras produtivas. “Incentivamos nossos empresários a investir em países com terras férteis e abundância de água, como o Brasil”, informou.
O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, reforçou a idéia de que o Brasil representa uma oportunidade segura na promoção da segurança alimentar mundial, mas a deficiência de capital, muitas vezes, inibe o crescimento da produção. “O Brasil é uma das poucas fronteiras agrícolas com capacidade de expansão. Por isso, uma missão como essa é bem vinda, há convergência de interesses”, disse.
O encontro segue até quarta-feira, 6 de outubro, na capital paulista. Estão programadas, ainda, rodadas de negócios, visitas a entidades do agronegócio e encontro do ministro saudita com o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa