Abipecs trata nos EUA da abertura de mercado para carne suína de Santa Catarina

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O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, que integra a missão a Washington da seção brasileira do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, cujo objetivo é promover o relacionamento econômico entre os dois países, aguarda a aprovação do acesso da carne suína catarinense àquele mercado.

Camargo Neto reuniu-se, nesta semana, com autoridades do Departamento de Estado, Departamento de Comércio, com o Representante Comercial (USTR) e com o sub-secretário Edward Avalos, responsável pela área regulatória e sanitária do Departamento de Agricultura dos EUA.

Ao falar sobre a questão, Camargo Neto disse que “trata-se de um longo processo, iniciado após o estado de Santa Catarina ter obtido a certificação internacional da Organização Internacional de Saúde Animal – OIE, em maio de 2007, de região livre de febre aftosa sem vacinação.  Os EUA enviaram missão sanitária a Santa Catarina, em 2008, para coletar informações com o objetivo de realizar estudo de análise de risco”.

Segundo o presidente da Abipecs, “a tramitação, infelizmente, ficou paralisada, sendo que somente no bojo das negociações do acordo do algodão, em 20 de abril deste ano, foi iniciado o processo de consulta pública, encerrada em meados de junho. O setor aguarda a publicação oficial dos resultados, que viabilizará o andamento do processo de abertura de mercado.

Como se sabe, houve um empurrão do contencioso do algodão: o Brasil evitou retaliar os EUA e obteve, em contrapartida, entre outros compromissos, o dos norte-americanos indicarem que concluiriam, até setembro, a tão esperada aprovação de acesso da carne suína catarinense àquele mercado”.

Camargo Neto mostrou-se desapontado com os resultados da audiência com o sub-secretário Edward Avalos: “infelizmente, em audiência realizada ontem (dia 29), Edward Avalos informou entender que seria muito difícil concluir o processo nas próximas semanas”.

Diante dessa negativa, Pedro de Camargo Neto deverá apresentar hoje, pessoalmente, ao embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Mauro Vieira, solicitação de reação enérgica por parte do governo brasileiro. “Os Estados Unidos já iniciaram o descumprimento do acordo do algodão em função das habituais pressões do Congresso. Ou o Brasil reage à altura ou poderemos ver a promessa de rever os subsídios ao algodão, na reforma legislativa de 2012, como que se derreter. Não estão cumprindo o que tinha de mais fácil, o que dizer do resto?”

Pedro de Camargo Neto considera a esperada abertura um acontecimento extremamente importante para o setor brasileiro de carne suína, que batalha há anos pelo acesso a mercados, como o norte-americano, o japonês, o chinês, o sul-coreano e o mexicano.

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