Comércio Brasil-Canadá volta a crescer em março após forte queda registrada no mês de fevereiro

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Da Redação

Brasília – Após ter registrado uma forte retração no mês de fevereiro, o fluxo de comércio entre o Brasil e o Canadá teve expressiva recuperação em março, com aumento de 37,02% para US$ 184 milhões nas exportações brasileiras e aumento de 6,48% para US$ 155 milhões nas vendas canadenses ao Brasil.

Apesar disso, a participação do Canadá no comércio exterior brasileiro ainda permanece muito aquém das potencialidades das duas economias. Nos três primeiros meses do ano, o mercado canadense foi o destino de apenas 1,14% de todo o volume exportado pelo Brasil e o Canadá forneceu 1,20% de todos os produtos importados pelo Brasil.

No primeiro trimestre do ano, as exportações brasileiras  totalizaram US$ 488 milhões (+0,94% em comparação com idêntico período de 2014) enquanto o Canadá exportou para o Brasil produtos no montante de US$ 582 milhões (uma elevação de +19,85% em relação aos três primeiros meses do ano passado). Assim, a balança comercial bilateral em 2015 é favorável ao Canadá no montante de US$ 94 milhões.  Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Três dos principais produtos exportados pelo Brasil ao Canadá no período janeiro/março tiveram altas relevantes. A alumina calcinada, por exemplo, principal item da pauta exportadora brasileira para o Canadá, gerou receita no valor de US$ 193 milhões, com um aumento de 13,98% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O produto respondeu por 39,55% de todo o volume exportado para os canadenses. Outro produto importante da pauta, bulhão dourado, para uso não monetário, teve suas exportações aumentadas em 33,20% para US$ 45 milhões. Aumento praticamente idêntico (+32,69%) foi registrado nas vendas ao Canadá de café não torrado, não descafeinado, em grão, com receita da ordem deUS$ 32 milhões.

Da relação dos principais produtos exportados pelo Brasil ao Canadá figuram, entre outros,  açúcares de cana (US$ 30 milhões), outros niveladores (US$ 22 milhões), bauxita não calcinada (US$ 12 milhões). Como destaque da pauta exportadora merece ser citado o aumento de 92,83% nas exportações de pedaços e miudezas comestíveis de galos/galinhas, congelados, que geraram receita de US$ 9 milhões, contra cerca de US$ 3 milhões vendidos ao Canadá no primeiro trimestre de 2014.

Ao contrário do que acontece em relação ao Brasil, a pauta exportadora canadense é bastante diversificada. O principal item vendido ao mercado brasileiro no primeiro trimestre, outros cloretos de potássio, totalizou US$ 102 milhões, equivalentes a 17,53% de todo o volume exportado pelo Canadá para o Brasil. Outro produto importante, a hulha betuminosa, não aglomerada, gerou para os canadenses divisas no total de US$70 milhões, equivalentes a 11,97% das exportações para o Brasil. Já as vendas de partes de turborreatores ou de turbopropulsores tiveram um forte aumento de +83,31% para US$ 17 milhões.

Mas os números relativos às exportações do Canadá para o Brasil entre janeiro e março apresentaram também quedas importantes. A maior delas, de  -27,73% foi registrada nas vendas de papel jornal, em rolos, no total de US$ 26 milhões, contra US$ 35 milhões exportados para o Brasil em igual período do ano passado.

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