EUA ultrapassam a Argentina como maior importador de produtos industrializados brasileiros

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Da Redação

Brasília –  Com importações no total de US$ 9,990 bilhões entre os meses de janeiro e setembro, os Estados Unidos se tornaram o principal comprador de produtos manufaturados do Brasil, superando a Argentina, que importou US$ 9,8 bilhões nesse mesmo período. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Outro dado relevante divulgado pelo MDIC mostra que o deficit acumulado pelo Brasil no comércio bilateral com os Estados Unidos recuou de US$ 8,5 bilhões no acumulado de 2013 para US$ 6,410 bilhões nos nove primeiros meses de 2014.

Consideradas as exportações globais (produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados), nenhum país ou bloco de países aumentou de forma tão acentuada  a importação de produtos brasileiros como os Estados Unidos. De janeiro a setembro, as exportações para o mercado americano tiveram uma alta de 9,18% e totalizaram US$ 20,082 bilhões. Na outra ponta do comércio bilateral, as exportações americanas tiveram uma queda de 1,42% e geraram receita no montante de US$ 26,493.

Nesse mesmo período, as exportações para os principais parceiros brasileiros tiveram quedas acentuadas: China -3,55%, Argentina -26,05%, União Europeia -5,57%, Mercosul -13,13%, Oriente Médio -3,45% e África -13,39%.

Por categoria de produtos, as exportações brasileiras para os Estados Unidos registraram um aumento de 0,37% no item básicos, um crescimento de 17,86% nas vendas de semimanufaturados e elevação de 4,26% nos manufaturados.

A pauta exportadora para os Estados Unidos foi liderada pelo petróleo bruto, no valor de US$ 2,529 bilhões. As vendas foram inferiores em 11,76% aos US$ 2,865 bilhões exportados em igual período de 2013. A seguir, vieram outros produtos semimanufaturados de ferro/aço, no total de US$ 1,096 bilhão, partes de turborreatores ou de turbopropulsores (US$ 1,007 bilhão), café não torrado (US$ 888 milhões), pasta química de madeira (US$ 719 milhões) e soja, mesmo triturada (US$ 538 milhões).

Do lado americano, o principal item da pauta exportadora foi o óleo diesel, que gerou receita de US$ 2,523 bilhões, um aumento de 23,27% em comparação com a cifra de US$ 2,047 bilhões exportados ao Brasil de janeiro a setembro do ano passado.  A relação dos produtos exportados pelos americanos incluiu, entre outros, partes de turborreatores ou de turbopropulsores (US$ 1,074 bilhão), outros propanos liquefeitos (US$ 884 milhões), trigo (US$ 665 milhões) e hulha betuminosa (US$ 573 milhões).

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