Estimativa da Conab prevê que país importará 51 mil toneladas de algodão em 2013

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São Paulo – O Brasil deve importar 51 mil toneladas de pluma de algodão na safra 2012/2013, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume significa queda de 69% sobre a projeção anterior, feita no mês de maio, de 163 mil toneladas. De acordo com informações divulgadas pela instituição, os valores de paridade de importação (taxa de câmbio) não mostram ser vantajoso comprar no mercado internacional e produtores nacionais estão revertendo contratos “flex” (que podem ser para exportação ou mercado interno) para o consumo doméstico.

A Conab reduziu também a expectativa para a exportação do algodão em pluma de 595 mil toneladas para 530 mil toneladas. “Essa retração é decorrente do fraco desempenho dos embarques verificados até então. Há de se destacar também que parte dos contratos ‘flex’ na Bolsa Brasileira de Mercadorias tem sido revertida para o mercado interno”, afirmou a companhia, no último levantamento de safra divulgado. A queda na estimativa das vendas externas de algodão é de 11%.

O Brasil tem comércio com o mundo árabe no segmento. O País tanto importa algodão da região como exporta para lá. No ano passado, as exportações brasileiras do produto para os países árabes renderam US$ 173,1 milhões. Em 2011 foram US$ 186,4 milhões. Nos primeiros sete meses deste ano foram US$ 58,56 milhões embarcados.

As importações de algodão árabe feitas pelo Brasil somaram US$ 10,8 milhões neste ano até julho e US$ 24,57 milhões no ano passado. Em 2011, as compras foram de US$ 76,53 milhões. O Brasil importa do mundo árabe principalmente o algodão de fibra longa, que é produzido no Egito e serve para confecção de roupas de maior valor. Até o final deste mês está em vigor a isenção da tarifa de importação de algodão, que era de 10%, para importações de até 80 mil toneladas.

Segundo projeção da Conab, o Brasil vai colher, na atual safra, 1,262 milhão de toneladas de algodão em pluma, contra 1,87 milhão na colheita anterior. A redução será de 32,8%, ou 615,3 mil toneladas. O País teve diminuição da área plantada, em função do menor preço do algodão nos mercados interno e externo, por causa também dos altos custos da produção e da maior atratividade do plantio de soja e milho, em função de preços. Na maior parte dos estados produtores, as lavouras estão em maturação ou início de colheita.

Fonte: ANBA

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