Medida da administração Trump traz alívio ao maior produtor mundial e pode redefinir dinâmica de estoques e diferenciais
Da Redação (*)
Brasília – Após semanas de negociações bilaterais, o governo dos EUA anunciou a retirada das tarifas adicionais de 40% sobre o café brasileiro, medida que vinha pressionando exportações e elevando custos para torrefadores americanos. A decisão, oficializada na última quinta-feira (20), marca um ponto na relação comercial entre Brasil e EUA, especialmente porque o Brasil é o maior fornecedor global do grão. A opinião é da Hedgepoint Global Markets, uma empresa especializada em gestão de risco, inteligência de mercado, e execução de hedge para a cadeia de valor global de commodities,
O movimento segue uma série de ajustes na política tarifária americana: em outubro, as tarifas do Vietnã já haviam sido zeradas, e em novembro Washington ampliou a isenção para produtos não cultivados domesticamente, como o café.
Possíveis impactos no mercado:
- Exportações brasileiras para os EUA, que sofreram forte retração nos últimos meses, podem iniciar um processo de recuperação.
- Estoques certificados de Arábica na ICE, atualmente em níveis historicamente baixos, podem se recompor à medida que o fluxo de café brasileiro retorne.
- No entanto, a velocidade dessa recomposição dependerá dos diferenciais do Brasil e do impacto da medida sobre outras origens, muitas delas em plena colheita.
(*) Com informações da Hedgepoint Global Markets








