Da Redação
Brasília – Dentre os 26 estados mais o Distrito Federal, São Paulo é a principal unidade da Federação como parceiro comercial dos Estados Unidos tanto nas exportações quanto nas importações. Em 2024, o estado exportou US$ 13,5 bilhões para o segundo maior parceiro comercial do Brasil -atrás apenas da China- e importou bens americanos no total de US$ 12,8 bilhões. Os dados constam do Monitor do Comércio Brasil-EUA, divulgado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA atingiram o recorde de US$ 31,6 bilhões, com alta de 5,8% em relação a 2023, quando as vendas somaram US$ 29,9 bilhões. Nesse contexto, destaca-se o fato de que os números do ano passado marcaram a consolidação do mercado americano como principal destino dos produtos manufaturados brasileiros (com uma participação de 17,4% do total embarcado), à frente da União Europeia (EU) e do Mercosul.
E enquanto as exportações brasileiras para a China se concentram quase exclusivamente em produtos primários, de menor valor agregado (apenas três deles, soja, petróleo e minério de ferro responderam, juntos, por 75% do total embarcado para o país asiático), a pauta exportadora para os Estados Unidos tem composição bastante diferenciada, com expressiva participação dos bens industrializados.
Exportações por estado: destaque para São Paulo
Líder nas vendas externas para os Estados Unidos no ano passado, São Paulo exportou US$ 13,5 bilhões para o mercado americano. As exportações foram lideradas pelas aeronaves, seguidas por equipamentos de engenharia civil e sucos de frutas,
O segundo estado brasileiro que mais exportou para os EUA foi o Rio de Janeiro, com US$ 7,2 bilhões (correspondentes a 17,9% do total, graças principalmente aos embarques de óleos brutos de petróleo, que lideraram a pauta exportadora. A seguir vieram produtos semi-acabados de ferro e aço e óleos combustíveis. As empresas fluminenses
A terceira posição do ranking dos estados exportadores para os Estados Unidos ficou com Minas Gerais: US$ 4,6 bilhões (11,4% do total), com destaque para as vendas de café não torrado, ferro-gusa e tubos de ferro ou aço.
O Espírito Santo foi o quarto estado que mais exportou para o mercado americano, com um total de US$ 3,1 bilhões (correspondentes a uma fatia de 7,6% das vendas totais), com destaque para semi-acabados de ferro e aço, cal, cimento e materiais de construção e celulose,
Com vendas no montante de US$ 1,8 bilhão (participação de 4,5%), o Rio Grande do Sui figurou na quinta posição dentre os estados brasileiros que mais exportaram para os EUA. Os produtos mais exportados foram tabaco, armas e munições e celulose.
SP, lidera nas importações
No ano passado, as importações brasileiras do mercado americano somaram US$ 40,583 bilhões (aumento de 6,9% em relação aos US$ 37,959 bilhões importados em 2023). Os principais produtos da pauta importadora foram motores e máquinas não elétricos (US$ 6,172 bilhões); óleos combustíveis (US$ 3,937 bilhões), aeronaves (US$ 1,978 bilhão); gás natural (US$ 1,664 bilhão) e polímeros de etileno, em formas primárias (US$ 1,570 bilhão).
Líder do ranking estadual das importações, São Paulo foi o destino de quase um terço (31,5%) das compras do Brasil originadas dos EUA no ano passado, com um total de US$ 12,8 bilhões. Os destaques foram inseticidas, fungicidas e semelhantes; óleos brutos de petróleo; e compostos organo-inorgânicos.
A seguir vieram: Rio de Janeiro, com US$ 8,9 bilhões importados (21,8%), tendo como principais produtos motores e máquinas não elétricos; óleos combustíveis; carvão.
Bahia: com participação de 7,0% nas importações totais, no valor de US$ 2,8 bilhões, a Bahia comprou dos EUA produtos como motores e máquinas não elétricos, óleos combustíveis e carvão
Santa Catarina: as importações catarinenses responderam por 5,5% do total importado dos Estados Unidos, com US$ 2,2 bilhões. Os principais produtos foram carvão, coques e semi-coques; e automóveis para transporte de mercadorias.
Espírito Santo: as importações capixabas somaram US$ 2,1 bilhões (5,1% do total), com destaque para óleos combustíveis; petróleo e carvão.