Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Comércio, investimentos, guerras na Ucrânia e em Gaza, temas da visita do presidente Lula ao Chile

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Da Redação

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará o Chile nos dias 5 e 6 de agosto para tratar de uma agenda que envolve temas como comércio exterior, investimentos, eleições na Venezuela, G20 no Brasil, as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza e outros assuntos. Com a forte queda no fluxo de comércio com a Argentina, o governo brasileiro tem procurado expandir as relações comerciais com outros países sul-americanos e Chile e Colômbia são dois dos principais países com os quais o Brasil espera imprimir maior dinamismo no comércio bilateral para, de alguma forma, ocupar o vácuo deixado pela retração no intercâmbio com a Argentina.

Ano passado, as importações chilenas de produtos brasileiros totalizaram US$ 7.945 bilhões, com uma queda de 12,6% comparativamente com 2023. Também em queda, ainda que menos acentuada (6,7%), as exportações do Chile atingiram a cifra de US$ 4,313 bilhões. Com isso, a corrente de comércio bilateral (exportações+importações) totalizou US$ 12,258 bilhões (retração de 10,6% em relação ao ano anterior) e a balança comercial bilateral proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 3,630 bilhões. Ano passado, o Chile foi o sexto principal destino das exportações brasileiras e o 12º. maior exportador para o Brasil.

No primeiro semestre de 2024, o panorama do comércio entre os dois países seguiu trajetória em vários aspectos similar àquela registrada no ano passado. De janeiro a junho, o Brasil exportou bens no  valor de US$ 3,393 bilhões (queda de 11,5% comparativamente com o mesmo período de 2023) e importou US$ 2,435 bilhões em produtos chilenos, com uma alta de 17,6%. A corrente de comércio foi de US$ 5,827 bilhões (queda de 1%) e o Brasil obteve um superávit de US$ 958 milhões no comércio com os chilenos no primeiro semestre deste ano.

O petróleo foi o principal produto embarcado para o mercado chileno até o mês de junho, com receita da ordem de US$ 1,27 bilhão (queda de 14% sobre o mesmo período de 2023) e foi responsável por 38% das exportações totais para o país vizinho. Outros destaque da pauta exportadora foram carnebovina (US$ 228 milhões), veículos para transporte de mercadorias (US$ 135 milhões); carne de aves (US$ 110 milhões) e carne suína (US$ 106 milhões).

Principal produto das exportações gerais chilenas para o mundo, o cobre também liderou os embarques para o Brasil, com um total de  US$ 1,066 bilhão (44% do total fornecido pelas empresas chilenas), seguido por pescados (US$ 427 milhões); outros minérios e concentrados dos metais de base (US$ 168 milhões); frutas e nozes (US$ 130 milhõe); e bebidas alcoólicas (US$ 88 milhões).

 

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