Foto: Porto do Açu

Comercio exterior por via marítima teve crescimento de 41,9% em 2023, diz ATP

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Açúcar, sementes e frutos oleaginosos e o minério de ferro, entre outros produtos, comandam a alta do valor exportado pelos terminais portuários no Brasil

Da Redação (*)

Brasília – O fluxo de comércio exterior brasileiro por via marítima cresceu 41,9% em 2023, ao atingir a marca de US$ 119,1 bilhões em valor FOB (Free On Board – frete em que o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria) na comparação com o ano anterior. O incremento no comércio marítimo nacional é fruto do aumento de 1,9% nas exportações, que totalizaram US$300,4 bilhões no ano passado, contra uma queda de 14% nas importações.

Os dados foram levantados pela Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) a partir de informações do sistema de estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)  e disponibilizadas pelo banco de dados do setor portuário da ATP – o DATaPort.

 

Presidente da Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa / Foto:Divulgação

Segundo o presidente da ATP, Murillo Barbosa, a movimentação de cargas nos terminais portuários brasileiros foi impulsionada por mercadorias consideradas estratégicas para o setor de logística, tais como açúcar (+43,4% em valor FOB), sementes, frutos oleaginosos como a soja, além do minério que atingiu a marca de US$ 34,6 bilhões em exportações, representando um crescimento de 7,2%.

“No caso do minério de ferro, os Terminais de Uso Privado se destacaram, sendo responsáveis por 86,1% da movimentação dessa mercadoria. O Porto Sudeste do Brasil foi o grande destaque de 2023, registrando um aumento de mais de 50% em suas operações com minério de ferro”, lembra Barbosa.

Sobre as importações, Barbosa atribui a redução, em grande parte, à diminuição na quantidade e preço médio dos combustíveis minerais, registrando uma redução de 22% no preço médio. Além disso, os fertilizantes também desempenharam um papel relevante, com um aumento de 7,4% na quantidade importada, porém, uma queda expressiva de mais de 40% em seu valor médio, retornando aos patamares anteriores ao conflito entre Ucrânia e Rússia.

O presidente da ATP considera que o saldo da balança comercial por via marítima revela a importância do setor portuário na economia nacional, especialmente os terminais privados que investem recursos próprios na modernização e na inovação para atender à crescente demanda. Os TUPs (Terminais de Uso Privado) são responsáveis por mais de 65% da movimentação de cargas no país.

Para Barbosa, as perspectivas para os próximos anos são promissoras, desde que os investimentos no setor sigam em rota de crescimento. “O notável aumento do comércio marítimo brasileiro, em 2023, evidencia a pujança dos terminais portuários brasileiros. O expressivo desempenho da balança comercial por via marítima sinaliza um panorama promissor para o comércio exterior brasileiro. Os investimentos em infraestrutura portuária são fundamentais para manter essa trajetória ascendente nos anos subsequentes”, concluiu o presidente da ATP.

(*) Com informações da ATP

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