Da Redação
Brasília – O Catar oferece 163 oportunidades de exportação de produtos brasileiros em setores como os de máquinas e equipamentos de transporte, produtos alimentícios e animais vivos, artigos manufaturados, produtos químicos e relacionados. No segmento de produtos alimentícios, dos quais o Catar importou bens no valor de US$ 544 milhões e no qual o agronegócio brasileiro apresenta alta competitividade, a participação brasileira no mercado catarino é de 27,1% do total importado. Esse percentual poderá ser ampliado com o aproveitamento das oportunidades identificadas pelo Perfil País Catar, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) divulgado hoje (30).
Ao identificar novas possibilidades de exportação para as empresas do agronegócio brasileiro, o estudo destaca que há espaço para a ampliação das trocas comerciais entre o Brasil e Catar, sublinhando que os exportadores brasileiros detinham, até o ano passado, uma participação de apenas 1,1% no mercado catarino. Em contrapartida, as vendas do país do Golfo representaram participação de apenas 0,4% do total importado pelo Brasil.
De janeiro a outubro deste ano, as exportações para o Catar totalizaram US$ 266 milhões, enquanto o país árabe embarcou para o Brasil bens no montante de US$ 605 milhões. No período, a corrente de comércio bilateral (exportação+importação) proporcionou ao Catar um superávit de US$ 339 milhões.
As carnes de aves correspondem a pouco mais da metade das exportações brasileiras, com uma receita de US$ 134 milhões. Outros destaques da pauta exportadora foram minério de ferro e seus concentrados (US$ 52 milhões); tubos e perfis ocos (US$ 30 milhões); minério de ferro e seus concentrados (US$ 30 milhões); carne bovina fresca (US$ 16 milhões); e gorduras e óleos vegetais (US$ 7 milhões).
Adubos ou fertilizantes químicos, com uma participação de 69,4% nas vendas totais e receita de US$ 420 milhões, lideraram as vendas catarinas para o Brasil. Entre outros produtos, nos dez primeiros meses do ano, o Catar embarcou para o Brasil óleos combustíveis de petróleo (US$ 137 milhões); enxofre (US$ 26 milhões); elementos químicos inorgânicos, óxidos e sais halogênios (US$ 26 milhões) e alumínio (US$ 13 milhões). No período, o Catar foi o oitavo maior fornecedor de adubos ou fertilizantes químicos para o Brasil e o quarto maior entre os países do Oriente Médio.
De acordo com o Perfil País, o Catar oferece expressivo número de oportunidades de negócios para as empresas brasileiras em quatro setores principais. Na área de máquinas e equipamentos de transporte foram identificados 23 produtos, com destaque para veículos para transporte, automóveis de passageiros, escavadeiras e tratores de esteira. O Catar realizou importações desses bens no total de US$ 855 milhões. No segmento em que o Brasil é mais competitivo foram listados 40 produtos, com destaque para carnes e pedaços de galos e galinhas e carne bovina. O Catar importou um total de US$ 544 milhões envolvendo esses produtos.
Em artigos manufaturados, foram identificados 51 produtos (tubos de ferro e aço da seção circular, granitos, papéis e cartões, entre outros, dos quais o Catar importou US$ 379 milhões, com participação brasileira de 5,9%. Na área de produtos químicos e relacionados, o estudo da ApexBrasil listou 19 produtos (silícios, produtos capilares, medicamentos antibióticos), dos quais o país árabe importou US$ 278 milhões, com participação brasileira de 1,3%.