Tyson do Brasil exporta frango “verde” para países do Oriente Médio e Norte da África

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São Paulo – A Tyson do Brasil, subsidiária da Tyson Foods, uma das maiores processadoras de carnes do mundo, está exportando frango verde das suas unidades brasileiras para a Arábia Saudita desde março deste ano. Esse tipo de ave é criada sem produtos de origem animal na dieta ou no tratamento de doenças e começou a ser produzido pela empresa no começo deste ano em parceria com a Gallus Avícola, incubatório do estado de Santa Catarina.

“A produção é oriunda de 50 produtores integrados da região de Taió contratados pela parceria e é destinada à Arábia Saudita, abrindo um novo mercado para a operação brasileira da Tyson”, afirma o gerente de exportação da Tyson do Brasil, José Charl Noujaim. A Arábia Saudita, segundo a Tyson, é o único comprador do frango verde. O produto é embarcado nas mesmas especificações que o convencional em matéria de cortes, com e sem ossos, em diferentes apresentações para atender varejo, food service e indústria.

Na produção do frango verde, a Gallus é responsável pelo fornecimento dos pintinhos, ração, assistência técnica e logística. Os avicultores oferecem a estrutura das suas fazendas e a mão de obra para as criações. Já a Tyson do Brasil faz o abate e o processamento, na unidade que mantém em Itaiópolis, município também de Santa Catarina. Segundo a empresa, ela cuida da garantia dos padrões de qualidade e comercialização dos frangos nos mercados externos.

Dos frangos que a Tyson do Brasil exporta, 35% vai para o Oriente Médio e Norte da África, bloco que é chamado de Mena (Middle East and North Africa). “As exportações para a região são muito importantes para empresa”, afirma Noujaim. A Tyson entrou no mercado brasileiro em 2008 e desde lá fornece para o mercado árabe. Apesar de não divulgar números, a companhia informa que com habilitação de novas plantas para exportar, os volumes embarcados para a região Mena cresceram significativamente.

Os produtos que a Tyson do Brasil exporta no geral têm cortes variados, desde peito, pernas, asas, pés, matéria-prima para a indústria até farinhas de vísceras e penas. Para o Oriente Médio, no entanto, os principais cortes exportados para o varejo, em bandejas, são peito, coxas e asas. Para o food service vão principalmente pacotes de dois a cinco quilos, e para a indústria vão pacotes de 7,5 quilos com frango inteiro desossado chamado “Shawarma”, além de miúdos como fígado e moelas.

Brasil estratégico

De acordo com Noujaim, a entrada no mercado avícola brasileiro foi um passo estratégico da área internacional da Tyson Foods na busca pela expansão em grandes potências produtoras, exportadoras e consumidoras de frangos. Pela operação no País, afirma o gerente, a empresa teve oportunidade de exportar para mercados onde tinha acesso limitado.

A companhia entrou no Brasil com a compra de três unidades de frango, duas em Santa Catarina e uma no Paraná. A Tyson adquiriu em 2008 as plantas das empresas Macedo Agroindustrial, no município catarinense de São José, Avícola Itaiópolis (Avita), também na cidade catarinense em Itaiópolis, e Frangobras, em Campo Mourão, no Paraná.

Do Brasil ela atende clientes em mais de 130 países. As unidades estão habilitadas a exportar variada gama de cortes para mercados como Europa, África, Ásia, América do Sul, Caribe e Oriente Médio. A Tyson do Brasil também é certificada e atende os requisitos para abate e produção de frangos halal, onde todos os processos seguem regras islâmicas.

No Brasil, a empresa mantém 4,5 mil funcionários e atua por meio do sistema integrado, no qual ela fornece pintinhos, ração, tratamento veterinário e orientação técnica a produtores rurais, que cuidam dos frangos em suas propriedades e depois os vendem para a Tyson. A empresa trabalha com as marcas Tyson e Macedo.

Fonte: ANBA

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