Brasília – Os transgênios, que completam uma década de liberação no Brasil, hoje se tornaram fundamentais para a agricultura brasileira, que disputa com os Estados Unidos a liderança mundial na produção dos grãos geneticamente modificados. Coincidentemente, foi nessa época que o País experimentou uma verdadeira revolução no campo.
Após oito safras recordes consecutivas, a produção de soja, por exemplo, avançou espantosos 56%, enquanto o preço do grão em dólar atingiu nada menos que 140% de valorização. “Havia um preconceito muito grande com os transgênicos, que são uma ferramenta importante para o agronegócio. Mas temos que lembrar que não é viável ter só um tipo, só o transgênico ou só o convencional”, afirma Glauber Silveira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil).
“Essa é a riqueza do País, temos diversos tipos de soja. Qual é a melhor? Depende da realidade de cada produtor”, defende o dirigente – que também é um importante produtor rural – ao Jornal do Comércio, de Porto Alegre (RS). Marcelo Bohnen, gerente de licenciamento da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), avalia que “o mercado está vivendo um período de grandes transformações na área de sementes”.
O chefe da Embrapa Soja, Alexandre Cattelan, avalia como positiva a concorrência no setor, que teve como pioneira a Monsanto. Nos próximos anos, devem chegar sementes da Basf, Dow, Bayer e de uma parceria Embrapa/Basf, além de novas tecnologias da DuPont Pioneer e da Syngenta. “Isso vai alterar ainda mais o mercado, teremos concorrência e produtos que melhor se adequam a cada região”, alega Cattelan.
“Não tememos a concorrência, acreditamos que os produtores vão saber escolher o que é melhor para eles. E temos estudos que mostram que a Intacta reduz o custo e eleva a produção em R$ 300,00 por hectare”, afirma Leonardo Bastos, diretor de Marketing da Monsanto.
Fonte: Agrolink