São Paulo – O comércio exterior, um pilar fundamental da economia global, tem experimentado rápidas mudanças e inovações nas últimas décadas. A crescente adoção de tecnologias emergentes, como criptomoedas e blockchain impulsionadas pelo crescimento do preço do bitcoin nos últimos anos, está moldando a maneira como os negócios são conduzidos no cenário global.
As tendências em digitalização, sustentabilidade e transformações nas cadeias de suprimentos apresentam oportunidades e desafios significativos para os países e empresas envolvidos no comércio internacional. Veja quais são essas tendências e como se preparar para o futuro do comércio.
Digitalização e e-commerce
A digitalização e o crescimento do comércio eletrônico têm impactado profundamente o comércio exterior. Com a pandemia de COVID-19 acelerando a adoção de tecnologias digitais, o e-commerce se tornou um componente crítico da cadeia de suprimentos global.
Nos próximos anos, espera-se que o comércio eletrônico continue crescendo, impulsionado pelo aumento do acesso à internet e pelo uso de smartphones. Isso abrirá novas oportunidades de negócios, especialmente para pequenas e médias empresas que podem tirar proveito das plataformas de comércio eletrônico para expandir seus mercados.
Redução de barreiras comerciais e acordos regionais
Nos últimos anos, há um aumento nos acordos comerciais regionais e bilaterais, à medida que os países buscam reduzir as barreiras comerciais e facilitar o comércio entre si. A tendência de acordos regionais e bilaterais provavelmente continuará, especialmente em um momento em que as negociações comerciais multilaterais enfrentam impasses.
A assinatura de novos acordos comerciais e a expansão dos acordos existentes, podem moldar o comércio global nos próximos anos e aumentar ainda mais a polarização econômica global.
Sustentabilidade e comércio verde
A crescente preocupação com as mudanças climáticas e a sustentabilidade está levando a uma maior ênfase no comércio verde. As empresas buscam cada vez mais adotar práticas sustentáveis em suas operações e na cadeia de suprimentos.
Além disso, os governos estão implementando regulamentações e políticas mais rígidas para promover a sustentabilidade e o comércio verde. Nos próximos anos, veremos um aumento na demanda por produtos e serviços ecologicamente corretos e uma maior integração de critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) nas práticas de negócios e comércio.
Reavaliação das cadeias de suprimentos globais
A pandemia de COVID-19 expôs as vulnerabilidades das cadeias de suprimentos globais, levando a uma reavaliação das estratégias de sourcing e produção. Nos próximos anos, é provável que as empresas busquem diversificar suas cadeias de suprimentos e reduzir a dependência de fornecedores únicos.
Além disso, a crescente tensão geopolítica e o protecionismo podem levar a uma maior regionalização das cadeias de suprimentos, com as empresas priorizando parceiros comerciais mais próximos ou dentro de suas próprias regiões.
Aumento da automação e da robótica
A automação e a robótica estão se tornando cada vez mais prevalentes no comércio exterior, à medida que as empresas buscam aumentar a eficiência e reduzir os custos. O uso de tecnologias como a inteligência artificial (IA), a Internet das Coisas (IoT) e a manufatura aditiva (impressão 3D) está revolucionando a maneira como os produtos são projetados, fabricados e distribuídos.
Desafios e oportunidades à vista
Os desafios que as tendências emergentes no comércio exterior apresentam incluem a adaptação às mudanças regulatórias, a implementação de novas tecnologias e a necessidade de reestruturar as cadeias de suprimentos. A crescente tensão geopolítica e o protecionismo podem aumentar a incerteza e a volatilidade nos mercados globais.
No entanto, aqueles que adotarem a inovação, a sustentabilidade e a diversificação das cadeias de suprimentos estarão bem posicionados para aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios do futuro.