Fonte: Agência CNI
Florianópolis – As importações de Santa Catarina em maio praticamente dobraram em relação ao mesmo período no ano passado. As compras externas do estado somaram US$ 919,6 milhões, com alta de 90,2%, puxada pela importação de insumos para a indústria, como catodo de cobre refinado e seus elementos, laminados de ferro e aço e polietileno.
Nesse mesmo período de comparação, o crescimento das exportações foi mais modesto, com embarques de US$ 701,3 milhões, e aumento de 15,7%, segundo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). O saldo negativo da balança comercial em 2010 se agravou e agora já acumula US$ 1,4 bilhão.
Para o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma, embora o valor das importações de bens de consumo também esteja aumentando, o fato de predominarem os insumos para a indústria é um paliativo. “Significa que estas importações ainda serão beneficiadas pela indústria, que se adaptou à conjuntura de câmbio valorizado e passou a importar matérias-primas para compensar a perda de receita com as exportações. Ou seja, ainda será agregado valor a maior parte desses produtos” diz. “Contudo, está em curso também um salto na importação de itens destinados ao consumidor final e isso deve ser visto com atenção, pois estamos gerando postos de trabalho no exterior”, acrescenta.
No acumulado do ano, as importações totalizaram US$ 4,3 bilhões, com elevação de 67,7% em comparação com o mesmo período em 2009. Entre os principais produtos importados pelo estado estão catodo de cobre refinado e seus elementos (179,7%), laminados de ferro e aço (120,7%) e polietileno (69,9%) e fios de fibras, poliésteres e artificiais (40%). De janeiro a maio, dos dez principais países de quem Santa Catarina mais importou estão a China, com compras de US$ 1 bilhão; Chile, US$ 546,6 milhões; Argentina, US$ 419,5 milhões; Estados Unidos, US$ 315,5 milhões, e Alemanha, US$ 154,4 milhões.
Para a FIESC, o salto nas importações está relacionado também aos incentivos que o estado oferece às empresas que importam pelos portos catarinenses. Parte das compras fica em Santa Catarina, mas uma boa parcela é distribuída a outros estados.