Da Redação
Brasília – Graças a uma queda acentuada (-19,9%) das importações, a balança comercial registrou um superavit de US$ 2,379 bilhões em julho, mantendo a tendência apresentada até o mês passado. O resultado é o maior para o mês desde 2012, quando atingiu US$ 2,863 bilhões. Em julho do ano passado, a balança registrou um superavit de US$ 1,563 bilhão. O saldo acumulado nos sete primeiros meses do ano está em US$ 4,599 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (3) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Em julho, as exportações também tiveram forte retracção, ainda que menor comparativamente ao recuo das importações: -16,2%. Ano passado, de janeiro a julho, a balança comercial apresentava um deficit de US$ 952 milhões.
De acordo com os dados da Secex do MDIC, o volume de importações em julho foi de US$ 16,147 bilhões e, de exportações, US$ 18,526 bilhões. No acumulado do ano, as importações somam US$ 108,255 bilhões e as exportações apresentam total de US$ 112,854 bilhões.
As vendas externas tiveram queda de 19,5% e as compras do Brasil no exterior recuaram 24,8%, segundo o critério da média diária, que corresponde ao volume negociado pelo Brasil com países parceiros comerciais por dia últil.
Do lado das exportações, caíram os ganhos com itens como petróleo bruto, minério de ferro, fumo e folhas, café em grão, carne bovina, farelo de soja, óleos combustíveis, máquinas para terraplenagem, ferro fundido, óleo de soja. couros e peles.
Do lado as importações, o Brasil comprou menos combustíveis e lubrificantes, matérias primas e intermediários, bens de consumo e bens de capital.
Outro dado relevante –e sobretudo preocupante: com a queda de exportações e importações, no mês de julho, a corrente de comércio brasileira (soma do que é importado e do que é vendido para outros países) encolheu 22,1%. No mês passado, o saldo positivo foi 52,2% superior ao de julho de 2014.