Rio conquista novos mercados externos e amplia exportações

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Alana Gandra
Agência Brasil

Brasília – As exportações da indústria fluminense somaram US$ 6,2 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano, revelando expansão de 100% em relação ao mesmo período de 2009, o que gerou um saldo comercial positivo para o estado do Rio de Janeiro de US$ 1,8 bilhão. As importações alcançaram, no período, US$ 4,4 bilhões.

Os dados são do boletim Rio Exporta, da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan). Segundo o chefe da Divisão de Estudos Econômicos da entidade, Guilherme Mercês, enquanto a balança comercial nacional vem se deteriorando devido à maior expansão das importações, no estado do Rio, as exportações mostram maior dinamismo.

A principal causa do fenômeno, de acordo com o economista, é a conquista de novos mercados, “mesmo em um ambiente de crise”. “Quando a economia mundial volta a se recuperar, traz a reboque as exportações fluminenses, que estão se saindo muito bem desde o início de 2010”.

A indústria extrativa triplicou as exportações no primeiro quadrimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. As vendas externas de óleos brutos de petróleo subiram 182% de janeiro a abril, liderando os embarques do estado. Guilherme Mercês destacou também o crescimento das vendas de minério de ferro. Na indústria de transformação, mostraram desempenho positivo os setores de material elétrico e de transportes, indústria química e perfumaria e cosméticos.

O economista enfatizou que a China alcançou o principal posto de destino das exportações fluminenses, desbancando os Estados Unidos como mercado importador. “Isso deixa claro o novo cenário da economia internacional, em que os países emergentes puxam o crescimento mundial, em detrimento dos países desenvolvidos”.

Em abril, o comércio externo no Rio de Janeiro registrou exportações no valor de US$ 1,7 bilhão. Com isso, a participação do estado nos embarques totais do Brasil atingiu 11,4% no acumulado do ano. Além disso, as exportações fluminenses alcançaram a maior participação histórica nos 12 meses encerrados em abril, que foi de 10,3% do total exportado pelo país.

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