A receita obtida com as exportações de frutas frescas brasileiras aumentou 7,97% nos três primeiros meses de 2010 em comparação com o mesmo período de 2009. Esse aumento animou o presidente do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), Jean-Paul Gayet, que destacou a influência positiva que produtos como melão, maçã, limão e manga tiveram nesse expressivo avanço.
Entre janeiro e março, os produtores nacionais de frutas receberam mais de R$ 205 milhões em exportações ante R$ 191 milhões do ano passado. Jean-Paul explica que os países europeus e os Estados Unidos ainda são os maiores compradores, porém houve diversificação de mercados com um aumento de 30% na exportação para países como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Líbia e Omã.
“O aumento não foi somente nas receitas, mas também no volume movimentado. A quantidade de frutas enviadas ao exterior subiu 0,6% e tivemos uma safra de boa qualidade este ano. O único problema pontual é que nós temos que lidar com as incertezas habituais da atividade, como o clima e dúvidas como se o Brasil irá escapar da crise e se a demanda vai continuar estável”.
Segundo o próprio presidente do Ibraf, “2010 está parecendo mais um ano de mar agitado do que de tempestades”. Apesar de pretender priorizar o mercado interno, ele garante que não descuidará das exportações. “Só desse jeito o Brasil continuará sendo visto como um fornecedor confiável”.