Piracicaba – O setor sucroenergético da Argentina segue em crescimento após elevação da mistura de etanol à gasolina para 12%. Esse aumento deu-se em abril deste ano e, as usinas localizadas no País buscam novas tecnologias para potencializar a produção de etanol e de açúcar.
De olho nessa oportunidade de mercado, o Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution, parceria entre o Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) promove nos dias 7, 8 e 9 de novembro, em Tucuman, ações de incentivo à exportação da tecnologia, soluções, máquinas e equipamentos brasileiros para setor sucroenergético.
O diretor executivo do Apla, Flavio Castellari, observa que as empresas nacionais têm muito interesse e estão preparadas para atender a demanda de usinas da Argentina. “A expansão do setor na Argentina, principalmente após o aumento do uso de biocombustíveis mostra uma chance de obtermos novos negócios e atrair divisas para o Brasil, por isso esperamos resultados positivos para o evento em novembro”, avalia.
A Argentina – um dos maiores produtores mundiais de alimentos – possui um déficit energético que pode ser parcialmente aliviado com o uso dos biocombustíveis. Os produtores de açúcar e milho passaram a serem fornecedores de etanol no País.
O Projeto Brazil Sugarcane vai levar 31 empresas brasileiras para o evento em Tucuman. Na programação, além das rodadas de negócios, os fornecedores participarão de visitas técnicas em usinas e acompanharão palestras ministradas pelos especialistas Guilherme Nástari, da Datagro Consultoria, Sérgio Mattar, do CTC Brasil e Henrique Amorim, da Fermentec Brasil.
De acordo com decreto publicado pelo governo argentino, a medida de aumento da mistura de etanol à gasolina deu-se pelo fato de proporcionar mais segurança energética e para garantir a estabilidade no fornecimento biocombustíveis.
A produção atual de etanol da Argentina está em torno de 800 mil metros cúbicos anuais, o equivalente a 800 milhões de litros. Do total, 60% são de milho e outros 40% de cana. A nova mistura é direcionada especialmente para a indústria de cana, como forma de compensar os efeitos dos atuais preços internacionais do açúcar sobre o setor.
Fonte: Projeto Brazil Sugarcane