São Paulo – As recentes mudanças no perfil consumidor da China devem resultar num aumento das importações chinesas de milho, favorecendo os produtores brasileiros. Para 2014, a expectativa é de que a China importe 10 milhões de toneladas, chegando a 41 milhões de toneladas em 2018. As projeções foram feitas pelo consultor André Pessoa, durante palestra sobre perspectivas para a agropecuária brasileira durante o 3º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, promovido nesta segunda-feira (26), em São Paulo, pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
“Eu não consigo afirmar que o Brasil conseguirá tirar todo o proveito que essa tendência de aumento no consumo poderá gerar ao setor em função da elevação de custos no frete, provocada pelas deficiências crônicas na logística e na infraestrutura brasileira”, comentou o consultor. Para Pessoa, com isso, o Brasil deve se consolidar como o segundo maior exportador mundial de milho.
Ao fazer uma avaliação geral sobre as projeções dos níveis de rentabilidade dos produtores de milho e de soja para os próximos anos, o consultor informou que o quadro continua bastante favorável, apesar de certo declínio. No caso da soja produzida no Mato Grosso, segundo Pessoa, o valor de R$ 900,00 por hectare conseguidos nos últimos anos, deverá recuar para R$ 650,00 por hectare, agora em 2014. “Ainda assim é uma rentabilidade excelente”, complementa.
O palestrante detalhou também as projeções de plantio para a próxima safra que, a seu ver, devem ter sensível redução. No caso da soja, segundo Pessoa, de um acréscimo de 14,2 milhões de hectares acrescidos nos últimos cinco anos, as projeções são de um aumento de apenas 2,5 milhões de hectares para os próximos dois anos. Apesar disso, ele entende que o mercado de fertilizantes deverá ter, na próxima safra, um aumento de 2,6% sobre o consumo de 30,3 milhões de toneladas registrado na safra deste ano.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Anda