Da Redação
Brasília – Apesar da queda de de 2,07% nas exportações, o Brasil acumula um superávit de US$ 24,959 bilhões no comércio com a China entre os meses de janeiro e novembro, comparativamente com o mesmo período de 2018. A China foi o destino final de 28% do volume total exportado pelas empresas brasileiras, mais que o dobro dos 13,1% embarcados com destino aos Estados Unidos.
Por outro lado, as vendas chinesas para o Brasil cresceram 6,28% nesse período e totalizaram US$ 27,997 bilhões, correspondentes a 17% das importações totais brasileiras. Nos onze primeiros meses do ano, a balança comercial com a China proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 24,959 bilhões.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, a forte alta de 59,8% nas vendas de carne bovina foi o grande destaque do ano no intercâmbio comercial com os chineses, proporcionando uma receita de US$ 2,179 bilhões. A carne bovina foi o quinto principal item na pauta exportadora brasileira para o país asiático.
Os dados da Secex mostram também a forte concentração dos produtos básicos, de menor valor agregado, nas exportações para a China, com um percentual de 88,8% no período janeiro-novembro deste ano. Mostram também a participação insignificante dos bens manufaturados nesse intercâmbio comercial, da ordem de apenas 1,18%.
Em termos de receita, os produtos básicos geraram um faturamento de US$ 51,15 bilhões (queda de 2,5%), enquantos os bens semimanufaturados, com alta de 5,2% somaram US$ 5,4 bilhões e embarques de produtos manufaturados totalizaram US$ 1,07 bilhão, com uma queda de 15,0% comparativamente com o mesmo período do ano passado.
A soja segue liderando as exportações brasileiras para o seu principal parceiro comercial, apesar de registrarem uma queda de 23,8% . Este ano, os embarques da oleaginosa acumulam uma receita de US$ 19,59 bilhões. Outros destaque nas vendas para os chineses no acumulado do ano até novembro foram o petróleo, no total de US$ 13,6 bilhões (participação de 24% e alta de 3,7%), minérios de ferro, com receita de US$ 12,12 bilhões (alta de 21,3% e participação de 21%) e celulose, com uma receita no montante de US$ 3,05 bilhões (queda de 2,6% e participação de 5,3% no total exportado para os chineses).
Em relação às importações, mantém-se o status quo e o intercâmbio bilateral permanece inalterado e a China segue exportando para o Brasil quase que exclusivamente produtos industrializados, responsáveis este ano por 98,2% de todo o volume embarcado. Enquanto isso, os semimanufaturados, com uma receita de US$ 106 milhões, responderam por 0,32% do volume exportado e os itens básicos ficaram com uma fatia de 1,41%, gerando uma receita de US$ 481 milhões.