São Paulo – As exportações brasileiras de carne de frango somaram 4,304 milhões de toneladas em 2015, um aumento de 5% sobre o volume embarcado em 2014 e recorde para o setor, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (05) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O total exportado no ano passado atingiu a previsão mais otimista da ABPA, que projetava uma expansão de 3% a 5% sobre o volume de 2014. Em entrevista coletiva realizada em dezembro, a ABPA estimou que o crescimento em 2015 seria de aproximadamente 4% sobre 2014 e chegaria a 4,2 milhões de toneladas.
Em nota, a ABPA afirmou que o desempenho obtido no ano passado levou a uma expansão da presença brasileira no mercado global de carne de frango. “Com este saldo, o Brasil não apenas manteve a liderança mundial, como também expandiu sua participação, sendo responsável por, aproximadamente, 37% das exportações mundiais”, afirmou o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.
Em 2015, a receita obtida com as exportações atingiu R$ 23,946 bilhões e foi 26% superior à de 2014. Em dólares, o faturamento foi de US$ 7,170 bilhões, com queda de 11,3%. Em 2015, o real se desvalorizou em relação ao dólar de forma significativa.
Em dezembro, a exportação de carne de frango alcançou o segundo maior volume da história. De acordo com os dados da ABPA, as exportações atingiram 399,9 mil toneladas, com aumento de 14,3% sobre o mesmo período de 2014. A receita em reais cresceu 32,7% e atingiu R$ 2,336 bilhões. Em dólares, houve queda de 9,5% para US$ 603,5 milhões.
O vice-presidente de Aves da ABPA, Ricardo Santin, afirmou no mesmo documento que este foi o melhor desempenho das exportações para meses de dezembro e atribuiu parte do resultado aos embarques para países do Oriente Médio. “O mercado internacional segue aquecido para os exportadores brasileiros, que vêm expandindo os negócios, em especial, no Oriente Médio e na Ásia”, disse.
A expectativa da ABPA é que o desempenho de 2016 supere o de 2015 em razão da abertura de novos mercados e do aumento de plantas aptas a exportar.
Fonte: ANBA